Batista Jerónimo

Batista Jerónimo

Teremos outra oportunidade?

Ao desenvolvimento de uma região deve ser chamado o Estado, Organismos Públicos e os Privados. O foco nestes, Empresários, Cooperativas e Organismos de Acção Sociais, são a prioridade. São estes os maiores geradores de emprego. Quem conseguir agregar e coordenar, assume-se como líder regional.

Actualmente temos três instrumentos disponíveis o PRR, Portugal 2030 e o Orçamento de Estado para alavancar a região na sua actividade empresarial. É nestes instrumentos que temos de nos centrar, deles advém uma economia robusta e geradora de riqueza, logo o emprego (fixação de jovens e potencia o retorno destes), desenvolvimento sustentado (qualidade de vida) e a criação de apetência para investimentos diversos na região.

A geração de riqueza ancorada no aproveitamento das sinergias endógenas desde a valorização dos produtos agrícolas, valorização do património (cultural, paisagístico, arquitectónico e religioso), faz com que a saúde e a educação respondam às necessidades, as autarquias venham a ter solicitações e uma monitorização mais exigente e o Estado vê-se pressionado a responder às necessidades inerentes e crescentes do dinamismo emergente noutros domínios.

Juntos os representantes do povo, fundamentalmente governantes e deputados mais os actores da economia torna-se imperioso aproveitar esta oportunidade única (?), para não, por omissão e inércia, deixarmos a nossa região e os nossos concidadãos neste definhar ou, porque não até agravar o estado actual de letargia.

Os nossos representantes: Porque nos consideramos parte integrante deste País com capacidade e vontade; Porque temos os instrumentos, PRR, Portugal 2030 e OE; Porque se está a elaborar o OE para 2023; Porque devem cumprir com o compromisso levado a sufrágio; Porque temos um Governo preocupado com a interioridade e somando a tudo isto, uma conterrânea SE da Valorização do Interior, só resta acrescentar que ou vai desta, ou então ficamos a aguardar (enquanto houver) pelo RSI.  

Não, não podemos continuar nas lameches (não acrescentam), nos diagnósticos (são do nosso conhecimento) mas forçar as acções em processos de desenvolvimento para esta região tão rica de homens e de matérias-primas.  

O Orçamento de Estado e estes programas têm de corresponder à nossa realidade, os projectos de dinamização e de desenvolvimento da nossa região têm de ser elegíveis. A qualidade tem de se sobrepor à grandeza dos investimentos. O retorno tem de ser ponderado no tempo e na importância para a Região.

Então, devemos privilegiar: Pequenas e Médias empresas, sejam industriais e/ou comercias; Empresas que invistam em energias alternativas e/ou amigas do ambiente (eólica, solar, hídricas, biomassa, aproveitamento de resíduos de produtos da região (bagaço do azeite, cascas de noz, amêndoa e castanha, …); Promoção e sensibilização (é obrigação, caso do Estado e Autarquias) para a produção de energia para o autoconsumo (painéis fotovoltaicos); Projectos para a retenção da água e aproveitamento em mini-hídricas, turismo, agricultura/silvicultura, piscicultura, combate aos incêndios, …; Economia circular e investimento em fileiras desde a agro-alimentar, floresta, …; Economia de escala nos produtos regionais – marca chapéu c/ submarcas identificação à origem; Aposta na divulgação e atracção Turística; Plataforma logística e Porto Seco ou do género é fundamental para dar escoamento.

Teremos outra oportunidade?

Bragança, 02/08/22


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