Henrique Ferreira

Henrique Ferreira

Um homem cheio de sorte

A vida corre bem ao Governo e a António Costa. Parece que nem as tragédias sérias, como a dos incêndios, afectam a magem deles. Com a economia a  crescer mais a injecção nela, em dois anos, de 15.000.000 de euros na  reversão de cortes e isenção de impostos, mais ainda as receitas do turismo, a vida é bela e dá para fazer mais umas folias.

Porém, «não há bem que sempre dure nem mal que não acabe», diz o povo. A estrutura da despesa continua alta, a dívida pública só dá a impressão de baixar porque o PIB sobe e, basta chegar uma nova constipação da economia internacional, para ficarmos, de novo, em apuros.

É por isso que o Governo e António Costa deveriam ser mais cuidadosos na despesa pública. É verdade que quanto mais dinheiro injectarem na economia, mais esta poderá desenvolver-se. Mas isto também faz subir a inflação, os juros e, com eles, a dívida. Conseguir o equilíbrio é que é o segredo. Oxalá o consigam.

Neste cenário, Passos Coelho ganharia mais em ter uma linguagem pedagógica. A crítica mordaz não colhe em estômago cheio.

17-09-2017


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