Chrys Chrystello

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Vivemos numa realidade virtual?

Crónica 389 vivemos numa realidade virtual? Realidade Virtual: o que é, como funciona e para que serve - Tecnoveste

Há anos surgiu aqui em casa um conjunto especial de óculos que se ligavam a uma aparelhagem tecnológica e todos gesticulávamos nessa experiência de realidade virtual, com imagens e sons que imitavam a realidade…

Agora não precisamos desses óculos, basta abrir a janela e surge uma imagem da natureza em pausa, como se a ligação zoom tivesse ido abaixo ou a internet ainda não fosse de fibra ótica.

O mesmo com as pessoas, sejam ou não da família, só as vemos no pequeno ecrã  do zoom, Skype ou outro, despojados que estamos de beijos e abraços e outras manifestações latinas de afeto que tanta inveja faziam aos orientais e anglo-saxões. E as nossas festas, procissões e outras manifestações atávicas de atraso cultural foram definitivamente eliminadas em nome da saúde pública que assim nos purifica de hábitos ancestrais arreigados. Assim, seja natal, páscoa, ou outra festividade judaico-cristão  o governo decreta confinamento, proibição de circular entre concelhos ou outra medida que nos impeça de efetivamente celebrarmos tais datas. A desculpa é de o “bicho” o “vírus” não gostar de ajuntamentos.

Não se pode ir ao jardim público, nem correr na praia respirar ar puro para evitar contágio, mas podemos estar todos fechados num avião, numa sala de nossas casas, num transporte público, num hipermercado.

A educação das nossas crianças é tão virtual como aquilo que elas aprendem , uns dias na escola outras no pequeno ecrã. Daqui a uns anos ninguém se lembrará de como eram as escolas e os recreios e será carnaval todos os dias para andarmos sempre mascarados, o que tem a enorme vantagem de disfarçar os rostos e as expressões, e até as pessoas feias ficam mais lindas de máscara.

As vacinas  de todas as marcas e feitios (pelas quais nenhuma farmacêutica pode ser responsabilizada) vão dar uma falsa sensação de realidade que é virtual, pois ninguém sabe que imunidade  ou proteção darão, pois os infetados, doentes ou não, assintomáticos ou não, continuarão a preencher os telejornais de todo o mundo.

Claro que isto tem um preço, que é o fim das pequenas liberdades alcançadas no último século, coisa pequena e de menor valor pois essa liberdade já era virtual no voto e a maioria não o sabia e imaginava que o seu voto contava e servia para alguma coisa.

Quando os mais velhos morrerem ninguém se lembrará da realidade como ela era, habituados a novas realidades virtuais que até fazem uma pessoa sentir que está viva, mesmo estando escravizada num torpor de zombie. Mas posso estar enganado e termos sempre vivido numa realidade virtual tipo matrix, só que agora mudaram as regras e os cenários, diretores e realizadores…


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