Entrevista do Vice-Presidente da Autarquia de Vila Real : Alexandre Favaios
Programa alusivo às corridas de carros clássicos, atrai milhares de pessoas ao 53º Circuito Internacional de Vila Real, para recordarem os anos de ouro do circuito com a provas de automóveis do pré-guerra (Segunda Guerra Mundial) e os Classic Endurance Racing.
Vila Real voltou a ser palco de um emocionante fim de semana de corridas, atraindo milhares de espectadores ansiosos por assistir de perto às competições de automóveis. Este evento, que já se tornou uma tradição na cidade, contou com a participação de dezenas de pilotos que disputaram seis provas – quatro de âmbito nacional e duas internacionais. Realizadas num traçado citadino desafiador e muto técnico, com 4,6 km de extensão e 28 curvas, as corridas proporcionaram momentos de grande adrenalina e espetáculo, para os amantes do desporto automóvel.
Primeiro carro na prova de Vila Real
Na edição deste ano, a organização do evento, em colaboração com a Peter Auto, trouxeram uma atração especial para os entusiastas de carros clássicos. Marcaram presença automóveis do pré-guerra (Segunda Guerra Mundial), assim como os impressionantes modelos do Classic Endurance Racing 1 e 2. Esses carros históricos, permitiram aos espectadores uma viagem no tempo e uma oportunidade única de ver de perto máquinas, que marcaram a história do automobilismo na cidade de Vila Real, conforme afirma Alexandre Favaios, Vice-Presidente da Autarquia de Vila Real, “este ano é o regresso de algumas das viaturas que estiveram aqui Vila Real, naquilo que muitos apelidam dos anos de ouro do circuito, conisdero que temos dois momentos realmente altos, esses anos de ouro efetivamente trouxeram da história de 1931 até aos dias de hoje mas, também aquilo que foi claramente o regresso das provas internacionais a Vila Real, este ano vemos aqui alguns dos carros que correram em Vila Real, aliás temos aqui um carro que correu precisamente a primeira edição em 1931, que ficou em primeiro na sua classe e a segunda a geral é absolutamente extraordinário para nós. Percebe-se aquilo que é o carinho a paixão também o saudosismo de alguns, relativamente aqueles grandes anos, mas também perceber que o circuito terá que ter a evolução perfeitamente natural, ou seja, respeitar valorizar o que é a tradição, mas evidentemente também acrescentar a adrenalina as novas máquinas as novas super-máquinas”.
Na edição deste ano, pela primeira vez, o Campeonato Portugal de Velocidade não marcou presença no evento. Essa ausência ocorreu após algumas críticas expressas pelo CEO da Race Ready, Diogo Ferrão, que destacou uma redução considerável no número de pilotos inscritos na última edição. Ferrão também apontou a falta de “carinho e apoio às equipas” como um fator determinante para a decisão. O Vice-Presidente da Autarquia refere que “o Campeonato de Portugal de Velocidade será sempre bem-vindo a Vila Real, é uma cidade que gosta do automobilismo por isso mesmo, quer ter cá os seus melhores, percebendo evidentemente uma coisa, um circuito citadino tem as limitações que são óbvias e devemos ter todos a capacidade de nos ajustarmos e, portanto, serão sempre todos muito bem vindos”, afirma.
Desde o regresso das corridas em 2014, já foram disputadas diversas provas que se destacaram pela sua singularidade e importância no calendário automobilístico mundial, algumas delas únicas neste circuito citadino. Já para a edição de 2025, existe a possibilidade do Circuito Internacional de Vila Real poder integrar o calendário do Campeonato Mundial de Fórmula E, uma categoria com carros monopostos exclusivamente elétricos, “neste momento estamos a trabalhar em todas as possibilidades, ou seja, é com muita satisfação percebermos que, um dos seus promotores sinaliza precisamente aquilo que é a capital do automobilismo em Portugal como uma possibilidade, da nossa parte estaremos sempre disponíveis para ouvir, percebendo evidentemente que falamos de um projeto muito ambicioso, havendo a nossa possibilidade de forma rigorosa, consciente, equilibrada e ponderada, tudo faremos para trazer as melhores provas possíveis”, refere. Atualmente o campeão do mundo de Fórmula E, é o piloto português António Félix da Costa.
O circuito de Vila Real, continua a manter uma tradição ímpar, um evento único para todos os vila-realenses e para Trás-os-Montes, valorizando a região conforme afirma Alexandre Favaios, “não é apenas um fim de semana das corridas, é o fim de semana precisamente da valorização do orgulho de Vila Real, do Douro, daquilo que é o nosso património gastronómico, as nossas cristas, os nosso covilhetes, o barro preto de Bisalhães, de Mateus, do Alvão, do Marão, valorização da economia, é facilmente percetível a dinâmica que é criada, como é óbvio não é possível chegar a todos da mesma forma, mas percebemos claramente o impacto naquilo que é a rede hoteleira naquilo que é os nossos restaurantes os nossos bares, os nossos cafés e claro as nossas corridas, as nossas 6 competições que claramente nos deixam muito orgulhosos, apesar de alguns não as quererem, da nossa parte tudo faremos independentemente da diferentes estratégias, atitudes que venham ter, aquilo que é importante é a consciência que estamos a trabalhar para Vila Real e aquilo que a sua projeção nacional e Internacional”, conclui.
Para o 54º Circuito Internacional de Vila Real, a organização promete trazer novidades emocionantes e inovadoras, considerando a possibilidade de incluir a Fórmula E, uma competição mundial importante para toda a região transmontana.