A 16.ª edição da Feira da Castanha de Carrazedo de Montenegro, em Valpaços, vai divulgar, entre sexta-feira e domingo, o «ouro» da região de Trás-os-Montes e dar a provar um bolo de 600 quilos.
O presidente da Câmara de Valpaços, Francisco Tavares, afirma que o certame tem evoluído de forma \"muito significativa\" com maior número de expositores, volume de negócios e visitantes, anos após ano.
A produção de castanha é, segundo o autarca, o principal sustento económico das famílias da região que, anualmente, gera uma receita entre os 15 e 20 milhões de euros.
\"A castanha é uma riqueza e uma mais-valia concelhia para os agricultores da região que, ao longo dos tempos, vão sabendo aproveitá-la e tirar partido das suas potencialidades\", frisa.
A Castmonte 2012 conta com 80 expositores e com um bolo gigante de 600 quilos feito à base de farinha de castanha que será, posteriormente, dado a provar a quem passar pelo certame.
\"Gostávamos de fazer um bolo ainda maior, mas não conseguimos porque o tipo de forno existente não nos permite ir além, assim como o espaço\", afirma o presidente da Junta de Freguesia de Carrazedo de Montenegro, Alípio Barreira.
Este ano, o calendário brindou a feira e fez com que a celebração do dia de São Martinho coincidisse com o último dia, pelo que o dirigente promete mais castanhas assadas, mais vinho e jeropiga para cumprir a tradição.
Durante os três dias, os visitantes poderão adquirir, além da castanha, produtos e doces confecionados com este fruto, peças de artesanato, produtos regionais e provar vinho.
O técnico da Associação Regional de Agricultores das Terras de Montenegro (ARATM), Filipe Pereira, garante que a produção de castanha deverá ser \"muito equivalente\" à do ano passado, mas de maior calibre.
Por este motivo, o \"ouro\" de Trás-os-Montes está a ser pago, diretamente ao produtor, entre 2 e 2,5 euros, comparativamente ao preço máximo de 1,60 euros de 2011.
\"Este ano, devido à chuva, a castanha cai hidratada e com maior poder de conservação, ao contrário do ano transato\", explica.
Filipe Pereira salienta que 95 % dos agricultores da região são produtores de castanha em monocultura tendo, na atividade, o sustento para \"quase\" todo o ano.
\"A castanha não para nos armazéns dos agricultores, ninguém se queixa de não ter a quem vender\", refere.
As Terras de Montenegro estão inseridas na Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela, que se estendem pelos concelhos de Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Chaves e Murça que produzem, anualmente, entre seis a oito mil toneladas de castanha.
A Castmonte é promovida pelo município de Valpaços, Junta de Freguesia de Carrazedo de Montenegro, ARATM e Empreendimentos Hidrelétricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB).