A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo disponibiliza o primeiro percurso pedestre privado homologado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, que se estende ao longo de 17 quilómetros entre a vinha e o rio do Douro Património Mundial.

Podendo ser utilizado como actividade complementar de um hóspede do hotel rural ou gratuitamente por um qualquer visitante, o circuito está distribuído por três rotas que passam pelos locais mais emblemáticos da propriedade da Família Amorim.

Luísa Amorim gere a quinta e disse à Agência Lusa que o percurso representa uma nova aposta para a diversificação da oferta turística da Quinta Nova.

\"Nada mais fizemos do que aproveitar aquilo que a natureza nos dá e, para o turista, é uma forma de se entreter sem pagar mais por isso\", salientou.

Além de contar com a homologação da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, o circuito foi ainda reconhecido pela \"Fédération Européenne de la Randonée Pedestre\".

A Quinta Nova possui 120 hectares e estende-se ao longo de 1,5 quilómetros pela margem norte do rio Douro, no concelho de Sabrosa e em pleno coração do Património Mundial da UNESCO.

O circuito pedestre possibilita ao visitante conhecer ao pormenor a história e os costumes de uma quinta vitivinícola, que está integrada na Região Demarcada do Douro desde a sua instituição em 1756.

Com diversos graus de dificuldade, os três percursos orientam o visitante pela adega da Quinta, pelas duas capelas, por caminhos de árvores, passando pelos três pomares da propriedade (o Pomar de África, o Pomar do Romano ou o Pomar do Laranjal), passando ainda pela azenha (onde era feito o azeite) pelo marco pombalino ou pelo miradouro.

Podem ser observadas as actividades na vinha, instaladas em socalcos ou ao alto, onde nesta altura do ano se procede à desponta (cortar ramos das videiras para não ensombrar os cachos) e à trituração das infestantes nos valados.

\"Os nossos visitantes podem andar a pé ou de bicicleta, tirar fotos ou observar aves, e até fazer um piquenique nos vários recantos da quinta\", sublinhou Luísa Amorim.

Para quem gosta de caçar tesouros, pode participar no \"winecaching\", um jogo que leva os participantes aos lugares mais emblemáticos da propriedade orientando-se com a ajuda de tecnologia de localização por satélite (GPS).

O Enoturismo representa uma das fortes aposta da Quinta Nova, que reclama ter aberto o primeiro hotel do vinho em Portugal, em 2005, que resultou da reconstrução da antiga casa senhorial oitocentista.

Os seus 11 quartos possuem vista panorâmica para a vinha e para o rio e estão decorados ao estilo da época.

No ano passado, a quinta abriu a Wine House, na Estação de Caminho de ferro do Pinhão, concelho de Alijó, que complementa uma loja de venda de vinhos e outros produtos da propriedade como compotas, tisanas ou azeite, com um museu que integra objectos que contemplam todo o ciclo do vinho, desde a viticultura à enologia, passando pela tanoaria, armazém e laboratório, exemplificando rotinas de trabalho.

Trata-se de um acervo de cerca de 500 peças datadas entre 1850 e 1970, reunido ao longo de mais de 13 anos por um dos membros da família Amorim e catalogadas pelo Museu do Douro.



PARTILHAR:

São Pedro dos Sarracenos

Nome mais consensual