A Cooperativa dos Olivicultores de Murça começou a exportar azeite para a China este ano, para onde enviou o primeiro carregamento de 11 mil litros e rótulos traduzidos para mandarim para chegar a mais consumidores.
Portugal continua a ser o principal mercado para o azeite de Murça, mas a Cooperativa Agrícola procura abrir novas portas para a venda dos seus produtos.
José Aires, um dos responsáveis pela unidade industrial, disse à agência Lusa que a grande aposta é agora a China.
O primeiro contentor carregado \"com 11 mil litros de azeite\" seguiu para o Oriente neste final de ano, mas, segundo o responsável, o objetivo é exportar com regularidade para aquele país.
José Aires salientou ainda que a cooperativa apostou na tradução dos rótulos para o mandarim, para chegar ao maior número de consumidores.
O azeite de Murça é ainda vendido para o Canadá, Estados Unidos da América, Brasil, bem como para países europeus como Suiça, Luxemburgo ou Alemanha.
Nesta campanha, a Cooperativa de Murça começou sua laboração no final de novembro, com um atraso comparativamente ao ano anterior.
Devido às condições climatéricas adversas, nomeadamente a seca, a quebra na produção estimada para esta campanha é da ordem, segundo José Aires, dos \"50%\".
De acordo com o responsável, a produção média deste lagar é de \"400 mil litros\". \"Este ano, se produzirmos 200 mil litros já fico contente\", frisou.
A quebra na produção de azeitona é geral na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, com menos \"20 a 30%\".
A campanha deste ano ressentiu-se da seca e das condições climatéricas adversas em geral, nomeadamente o calor que afetou a floração no final da primavera.
O setor movimenta anualmente um valor bruto de 30 milhões de euros na região transmontana e alto duriense, que nos últimos anos aumentou a área de olival em mais 30 mil hectares, contabilizando atualmente cerca de 80 mil, que produzem, num ano médio, entre 80 a 90 milhões de toneladas de azeite.