O presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins (PSD), afirmou hoje que o concelho transmontano sofreu uma «mudança radical» nos últimos 20 anos, destacando 20 obras emblemáticas que ajudaram no crescimento, desenvolvimento e atração de pessoas.
«Mudou tudo. Acho que não conseguimos percorrer 100 metros sem ver mudanças ou coisas novas», afirmou o autarca social-democrata em entrevista por escrito à agência Lusa.
Manuel Martins foi eleito presidente em 1993 e termina o seu quinto e último mandato em 2013. Atualmente, segundo salientou, Vila Real «é o único concelho do norte interior que não só aumentou a sua população, mas também teve um crescimento positivo, isto é, nasceram mais cidadãos do que morreram».
Quando assumiu a presidência, Manuel Martins deu prioridade à área social, com a construção de bairros sociais e o apoio na implementação de uma rede de cerca de 15 centros sociais, em parceria com a Igreja Católica e a Segurança Social.
Mais recentemente, destacou a criação do projeto Câmara Amiga, que atua através da Unidade Móvel de Saúde, a Oficina Domiciliária e o Banco de Voluntariado, que recolhe bens e alimentos.
Outra área urgente em que a sua equipa se empenhou foi a do \"saneamento básico\". No que diz respeito aos esgotos, o concelho passou de uma taxa de serviço de 45 por cento para cerca de 85 por cento, o que diz ser \"uma taxa europeia\". Em relação à água, Vila Real passou para uma taxa de abastecimento de 100 por cento.
Seguiu-se a área cultural, com a construção dos museus de Arqueologia e Numismática e o da Vila Velha, o Conservatório Regional de Música, o Arquivo Municipal, a Biblioteca Dr. Júlio Teixeira ou o Grémio Literário.
A área desportiva ficou, segundo o autarca, para a fase final, porque era a mais bem servida até à data. Pelo meio foi retomado o Circuito Automóvel de Vila Real, apostou-se na limpeza urbana, na mobilidade, lazer, educação e ambiente.
Manuel Martins enumerou cerca de \"duas dezenas de obras mais emblemáticas\"durante estas duas décadas de poder autárquico, destacando o Parque Corgo, o Teatro de Vila Real e a implementação dos transportes urbanos.
Pelo lado do investimento privado salientou a construção do centro comercial Dolce Vita Douro. Disse ainda esperar que os privados que compraram o inacabado Hotel do Parque, no centro da cidade, o \"transformem num hospital privado e apoio a idosos\".
Em relação ao projetos em curso, o presidente referiu que o Terminal de Transportes já está concursado e a empreitada será entregue, mal se conclua o processo de financiamento que parou por volta de março e foi agora retomado relativamente ao QREN.
O Parque de Estacionamento do Seixo \"está concluído e só falta o parecer da Certiel para se abrir ao público\".
Importante para o concelho será também, segundo o autarca, a construção do Parque de Ciência e Tecnologia Régia Douro Park e da nova Zona Empresarial.
\"No fundo queremos atrair empresas de base tecnológica e a consequente criação de novos empregos\", afirmou.
O professor que se dedicou à vida política diz que ainda não tem planos para o futuro. \"Mas aprendi a nunca dizer nunca\", concluiu.