Mirandela será palco, hoje à noite, a partir das 21 horas, de uma vigília de protesto contra a intenção de encerrar uma das maternidades do distrito (a de Mirandela ou a de Bragança), até ao final do ano. Uma decisão que o ministro remeteu para a administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano.
O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, considera que o ministro da Saúde \"lavou as mãos\" neste processo e, por outro lado,não confia na decisão, argumentando que a administração é constituída por pessoas \"que não querem que a maternidade fique em Mirandela\".
O autarca reitera que a sua luta é pela manutenção das duas maternidades, até porque está convencido de que, na eventualidade de fechar a de Mirandela, a curto prazo acontecerá o mesmo à de Bragança.
A realização mínima de 1500 partos por ano não tem qualquer sentido para o autarca, porque \"existem muitas maternidades privadas em todo o país que não efectuam esse número e ninguém decide pelo seu encerramento.\"
O autarca de Mirandela continua a liderar uma série de iniciativas públicas de protesto contra a possibilidade de encerramento de serviços na região.
A primeira aconteceu em Dezembro do ano passado, com a distribuição de 10 mil postais ilustrados com a figura de um bebé e uma mensagem de uma criança a pedir ao governante que não deixe o irmão nascer fora de Mirandela.
Em Janeiro, foram colocados dois outdoors de grandes dimensões no IP4, próximo de Mirandela. Um deles afirma \"Aqui termina o Portugal da igualdade de oportunidades. Bem vindos a uma zona de desertificação. Próxima saída a 70 quilómetros, Espanha.\"