A sala de espectáculos transmontanas tem das mais elevadas taxas de ocupação nacionais, garantiu hoje a directora Helena Genésio que não entende \"a imagem exterior de insucesso, de que ali não se passa nada\" que persiste na cidade.

Para a directora \"é um pouco a opinião das pessoas que cá não vêm, um pouco aquela história que santos da casa não fazem milagres\", bem ao contrário do que acontece com o orgulho dos vizinhos de Vila Real com o seu Teatro Municipal.

\"Os brigantinos são muito assim: desfazemos muito das nossas coisas, criticamos muito as nossas coisas, os outros é que são bons, aquilo que os outros têm é que é bom, isto talvez justifique um pouco a imagem exterior do teatro\", considerou.

Desde a data de abertura até final de 2008, o público já assistiu a 500 espectáculos, o dobro de sessões, de todas as artes de palco, teatro, música de todos os tipos, orquestras e coros, dança clássica e contemporânea.

A taxa de ocupação média anula ronda os 70 por cento, considerada \"excelente\" para a directora, referindo que é uma taxa \"superior a qualquer teatro do país\".
Números, segundo diz, só superados pelo Teatro Municipal de Vila Real, que tem outras condições, nomeadamente bares, café concertos e espectáculos ao ar livre, impossíveis em Bragança pelas condições físicas do edifício.

Apesar das resistências, Helena Genésio acredita estar a conseguir o objectivo traçado na data de abertura, em Janeiro de 2004: \"o Teatro Municipal foi a grande revolução cultural de Bragança\".
As pessoas já não precisam de ir ao Porto ou a Lisboa ver espectáculos e a Terceira Idade é o principal público do Teatro de Bragança.

Ás críticas iniciais de \"elitismo\" na programação, Helena Genésio respondeu que \"foi criado um elitismo para todos\" e prova disso é o facto de a \"Idade Maior\" ser o seu grande público.
\"Mas se elitista é sinónimo de qualidade eu continuo a afirmar que nós temos uma programação de elitista e um dos meus primeiros objectivos foi ter criado um elitismo para todos\", afirmou.

Para mudar mentalidades, a directora aposta nas gerações mais novas, a começar pelos pequeninos com concertos para idades desde bebe à infância e juventude.
Os estudantes do Instituto Politécnico de Bragança são também um público presente em determinados momentos como os festivais de Jazz e de Teatro.



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