Cerca de centena e meia de cientistas oriundos 24 países de todo mundo, debateram, durante três dias, em Chaves, as doenças que afectam o castanheiro.

Numa altura em que este fruto se prepara para ser cabeça de cartaz da estação do ano que atravessamos, o «cancro» e a «tinta», continuam a ser um flagelo que afecta uma área significativa de produção de castanha no país, colocando em risco cerca de quinze mil famílias que vivem deste fruto.

O «cancro», foi responsável pela extinção do castanheiro nos EUA, ao longo dos Apalaches e até à Geórgia entre1910 e 1950. Esta doença entrou na Europa nos anos trinta, sendo detectada pela primeira vez em Portugal, na década de 80. Costuma aparecer em manchas nos ramos e troncos das árvores.

Quanto à «tinta», apodrece de forma rápida a raiz do castanheiro e tem uma enorme propagação. Estas doenças, são influenciáveis pelas condições climatéricas, uma vez que os Invernos menos rigorosos, podem ajudar na propagação de algumas epidemias.

Em Trás-os-Montes, existem cerca de 22 mil hectares de castanheiros que correspondem a três denominações: Soutos da Lapa, Terra Fria e Padrela que representam cerca de 85 por cento da produção nacional de castanha. Para este ano prevê-se uma produção a rondar as 30 mil toneladas, que de certa forma correspondem à produção média da região transmontana e que se destina à exportação para países como a França, Espanha e Itália.

Este terceiro congresso Internacional da castanha discutiu também uma nova praga denominada «Vespa Oriental», que foi detectada em 2001 e teve a sua origem na China, país que vai acolher em 2008 a quarta edição deste acontecimento que ontem terminou na capital do Alto Tâmega.

A promoção deste evento pertenceu à Sociedade Internacional de Horticultura que tem a sua sede na Bélgica e a organização foi da responsabilidade da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Escola Superior Agrária de Bragança, Direcção Regional de Agricultura e Sociedade Nacional de Horticultura.



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