Uma emigrante na Suíça está a ajudar a Banda Filarmónica de Carviçais, em Torre de Moncorvo, a voltar à normalidade após o assalto de março às instalações da coletividade, de onde levaram praticamente todo o instrumental.

Segundo o presidente da filarmónica, Vítor Salgado, esta emigrante, com origens em Carviçais, conseguiu angariar «quase metade dos 43 instrumentos furtados».

«Esta emigrante fez parte da banda. Ao saber da notícia do assalto, prontificou-se de imediato a ajudar a coletividade musical a recompor-se do sucedido, tendo ao todo angariado 23 instrumentos em bom estado de conservação», disse o dirigente.

Durante os últimos os últimos três meses, a emigrante «bateu à porta de filarmónicas suíças» tendo conseguido arranjar instrumentos essenciais para o desempenho da Banda de Carviçais tais como trompetes, tubas, trombones, bombos, pratos e caixas de marcha.

«São instrumentos bons e essenciais para o desempenho da filarmónica e estão em bom estado. Um ou outro tem pequenas mazelas mas facilmente reparáveis», acrescentou Vítor Salgado.

Por outro lado, a coletividade já havia adquirido quatro tubas, que são considerados os instrumentos «mais caros» e custaram cerca de 18 mil euros.

«Vamos ter de trabalhar muito para conseguir pagar os novos instrumentos, mas há muita união entre aos elementos da banda e o ambiente é favorável para ultrapassar esta situação», frisou o responsável.

Com uma agenda praticamente cheia, as atuações estão a ser cumpridas com «entusiasmo».

A Banda tem igualmente recebido donativos que são depositados numa conta aberta para efeito, numa dependência bancária de Torre de Moncorvo.

«Contamos igualmente com promessas de apoios por parte da Câmara de Torre de Moncorvo e da Junta de Freguesia de Carviçais, para nos ajudar a repor a normalidade do funcionamento da instituição», disse Vítor Salgado.

A sede da Banda Filarmónica de Carviçais, que existe desde 1898, foi assaltada no passado mês de março, tendo sido levados praticamente todos os instrumentos.

Na altura do assalto, os dirigentes da coletividade musical afirmaram que os prejuízos causados seriam superiores a 45 mil euros.

Contactada pela Lusa, fonte do Comando Distrital da GNR de Bragança disse que a investigação sobre o furto do instrumental continua.



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