O secretário de estado do Comércio presidiu, em Vila Real, à assinatura de contratos referentes à segunda fase do programa de incentivos ModCom, que vai apoiar a modernização de 28 empresas do distrito.
No entanto, os comerciantes vila-realenses disseram a Fernando Serrasqueiro que estes apoios do Programa de Incentivos à Modernização do Comércio «são insuficientes», não obstante irem criar 43 novos postos de trabalho.
O investimento total previsto no distrito é de cerca de dois milhões de euros, com um apoio a fundo perdido de 657 mil euros.
A nível nacional, disse Serrasqueiro, foram já apoiados 829 projectos (344 na Região Norte, 175 no Centro, 208 na Região de Lisboa e Vale do Tejo, 63 no Alentejo e 39 no Algarve), que darão origem a 1510 novos postos de trabalho.
O vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Vila Real (ACIVR), José Ricardo Fonseca, considerou, no entanto, que estes incentivos à modernização do comércio «são insuficientes».
Segundo o representante dos comerciantes, «enquanto que o programa UrbCom apoiava os projectos em 50 por cento, o ModCom apoia apenas em 35 por cento».
Também João Miranda Rua, presidente da Associação de Comércio, Indústria e Serviços do Alto Tâmega (ACISAT), sustenta que, por causa deste novo regime de incentivos, «a adesão dos empresários é mais tímida».
O secretário de Estado defendeu, todavia, que o sector do comércio necessita «urgentemente» de se modernizar para responder às exigências, «cada vez maiores» dos consumidores e enfrentar a concorrência das grandes superfícies.
A grande preocupação manifestada pelo presidente da Associação Comercial e Industrial do Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio, Pedro Brás, é a concorrência das grandes superfícies.
«Só na Régua vão abrir, em breve, cinco novas grandes superfícies», disse Pedro Brás alertando que «há cada vez mais lojas a fechar naquela cidade».
«Isto é uma consequência da crise generalizada que se instalou no Douro», frisou.
