Faltam recursos humanos especializados no Centro de Educação Especial de Bragança, obrigando ao fecho da unidade ao fim-de-semana e férias e à colocação dos 75 utentes portadores de deficiência noutras instituições.

A falta de especialização de parte dos 58 funcionários de que dispõe o Centro de Educação Especial (CEE) de Bragança gera insuficiência de recursos humanos para garantir os turnos e cuidar das sete dezenas de utentes portadores de deficiência ou de multi-deficiências, alguns com idade avançada que aos fins-de-semana e nas férias são colocados em casa de familiares ou noutras instituições.

No entanto, \"algumas famílias já não são a retaguarda que todos desejávamos porque, enquanto cuidadores já precisavam eles próprios de serem cuidados por alguém\", admitiu a responsável pela Segurança Social, Teresa Barreira.

O reajustamento de funções é outro dos aspectos que necessita ser feito porque, apesar de existir um número, aparentemente grande, de funcionários, alguns têm idade avançada e outros estão desajustados às necessidades. Faltam, sobretudo, auxiliares de educação e auxiliares para lares residenciais. Seriam necessários 10 novos funcionários especializados.

Há vários anos que a Segurança Social de Bragança procura encontrar uma solução para o CEE, que pode passar pela manutenção da gestão directa ou pela realização de acordos de gestão com entidades privadas. Teresa Barreira garantiu que os utentes estão muito bem tratados. \"Temos consciência de que o que se está a fazer se faz bem. Podíamos fazer melhor se tivéssemos mais recursos humanos\", referiu.

Para já, os esforços da Segurança Social estão concentrados na manutenção do serviço em funcionamento. \"A situação está a ser devidamente estudada para que todas as variáveis sejam salvaguardadas, nomeadamente a segurança de funcionários e a qualidade da resposta prestada aos utentes\", afirmou.

O destino a dar os funcionários do CEE de Bragança está a revelar-se um dos maiores problemas. \"Temos de trabalhar numa boa solução para os utentes e para assegurar o posto de trabalho de cada pessoa que lá trabalha, sem colocar ninguém em risco\", acrescentou. Barreira adiantou que estão à espera do melhor momento, do ponto de vista da Segurança Social, para poder contratar mais pessoal e manter a gestão directa.



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