Vila Real é, neste fim de semana, palco para corridas de automóveis que atraem milhares de pessoas à cidade.
Cerca de 800 voluntários ajudam a montar o Circuito Internacional de Vila Real e desempenham várias tarefas, desde a mais especializada a nível médico ou na equipa de extração, à fiscalização da pista ou na informação aos pilotos.
Vila Real é, neste fim de semana, palco para corridas de automóveis que atraem milhares de pessoas à cidade. São cinco campeonatos em disputa, com destaque para o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC) e para a Taça Europeia de Carros de Turismo (ETCC).
Os pilotos nacionais e internacionais são as estrelas do evento, com destaque para Tiago Monteiro, Fábio Mota ou Manuel Pedro Fernandes, mas para montar todo este circo são precisas centenas de pessoas que trabalham de forma voluntária, muitas movidas pela paixão ao automobilismo.
“Nos diferentes setores da organização, desde a parte desportiva à logística, teremos à volta de 800 voluntários. São pessoas imprescindíveis para a realização das corridas”, afirmou hoje à agência Lusa Eduardo Passos, um dos fundadores da Associação Promotora do Circuito de Vila Real (APCVR).
Os voluntários desempenham funções na área da saúde, nas bilheteiras, na fiscalização da pista, ajudam ainda na logística, nomeadamente através da distribuição de alimentação e bebidas e dão ainda apoio no acolhimento de pessoas ou na sala de imprensa.
“Tudo isto era impossível sem este trabalho voluntário. É a paixão que move estas pessoas ”, frisou.
No apoio às corridas de Vila Real, cuja primeira edição se realizou em 1931, há homens e mulheres de todas as idades, de todos os extratos sociais, uns que vêm porque gostam do automobilismo e outros movidos pelo voluntariado, alguns que há muitos anos ajudam e outros de se juntaram de novo.
Muitos destes voluntários estão ligados ao Clube Automóvel de Vila Real, a quem cabe, conjuntamente com a APCVR e o município a organização do evento.
Entre o trabalho desenvolvido existem funções que exigem pessoas especializadas e formação específica, como a área da saúde (médicos, enfermeiros) ou a equipas de extração, a quem cabe intervir quando há um acidente com carros de competição. A função destas equipas é extrair o piloto de forma segura.
João Correia é técnico de ambulância de emergência do INEM e, durante o circuito, torna-se líder de uma das equipas de extração.
Esta equipa fez uma formação específica no circuito de Le Mans, em França, dada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e que consiste em preparar equipas apenas para esta função.
Durante as corridas, estes especialistas colocam-se em locais estratégicos da pista e estão sempre prontos a intervir.
“Somos todos voluntários aqui, mas muito profissionais naquilo que fazemos. A paixão pelas corridas é o que nos move em primeiro lugar. Apesar de estarmos ligados à área da emergência pré-hospitalar estamos aqui por temos este bichinho das corridas”, afirmou João Correia.
Lara Fonte, 27 anos, é assistente social e, neste fim de semana, está na sala de informações a coordenar os tempos das corridas e a dar informações aos pilotos ou ao público.
“Eu gosto de cá estar, gosto do convívio, gosto muito das corridas mas aqui não conseguimos ver nada”, referiu esta voluntária.
Depois do dia de treinos na sexta-feira, hoje já há corridas nos campeonatos nacionais. O WTCC e o ETCC disputam-se no domingo
Lusa