Prejuízos no olival e, consequentemente, uma quebra \"significativa\" na produção de azeite são algumas das consequências provocadas pelo mau tempo e pela chuva intensa que tem caído nos últimos tempos na região transmontana.

Segundo informações da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, mais de metade da azeitona \"está no chão e a apodrecer\". Uma situação que já levou esta associação a pedir ao Governo e à Direcção Regional de Agricultura que fosse declarada a situação de \"calamidade agrícola\" para os concelhos de Mirandela e Murça - as zonas mais afectadas pelo mau tempo - e que fossem atribuídos subsídios aos produtores prejudicados, de modo a minorar os seus \"avultados\" prejuízos. No entanto, até agora, as respostas destas entidades são \"nulas\".

\"Mais de 60 por cento da azeitona está no chão e pelo que realmente se está a ver no olival achamos que devia ser decretada a situação de calamidade agrícola\", afirmou Emanuel Baptista, membro da associação de olivicultores.

Esta situação acabou por afectar praticamente todos os produtores de azeitona. No entanto, os grandes produtores foram os mais prejudicados. \" Os olivicultores que ainda têm muita azeitona para apanhar e que devido ao alagamento dos terrenos, provocado pelas chuvas, não podem entrar com as máquinas nos terrenos são realmente os que vão ter mais prejuízos\", frisou Emanuel Baptista. \"Previa-se que este ano fosse um ano médio para a produção de azeite, mas divido a esta situação vai ser, sem dúvida, um ano muito fraco e de pouca azeitona\", acrescentou o mesmo responsável.



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