Vila Real, a Capital da Cultura do Eixo Atlântico em 2016, vai ser palco para cerca de 200 eventos de teatro, música, cinema, dança e literatura que vão ter como destaque principal o vinho e o Douro.
A programação arranca a 5 de maio com um concerto da Orquestra Gulbenkian e Mário Laginha, a inauguração da Bienal de Pintura do Eixo Atlântico e uma evocação do escritor Trindade Coelho.
As cidades de Vila Real e de Matosinhos partilham este ano o estatuto de Capital da Cultura do Eixo Atlântico e vão unir-se sob o mote "Do Douro ao Atlântico".
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, revelou hoje, em conferência de imprensa, alguns dos eventos que vão decorrer na cidade, mas ressalvou que a programação "não está fechada" porque vão ainda ser submetidas candidaturas a fundos comunitários que, se forem aprovadas, poderão reforçar alguns eventos ou permitir a realização de outros.
Até ao momento, o município reforçou em cerca de 115 mil euros o orçamento anual destinado para a cultura no concelho e que ronda o meio milhão de euros.
O autarca salientou que 2016 é o ano da abertura do Túnel do Marão, eliminando com a barreira mítica da serra e aproximando Vila Real do Litoral, concretamente de Matosinhos, onde termina a Autoestrada 4 (A4).
Mas este é também o ano em que se assinala o 15º Aniversário da elevação do Douro a Património Mundial da Humanidade e em que se festejam os 260 anos da Região Demarcada do Douro.
É por isso que a "simbologia do vinho" surge como uma oportunidade de, segundo o autarca socialista, se "brindar à cultura".
A programação prevista para a Capital da Cultura do Eixo Atlântico inclui cerca de duas centenas de eventos em diferentes espaços e instituições da cidade e em diferentes áreas artísticas como o teatro, dança, música, artes urbanas, fotografia, cinema, literatura, artes plásticas e a promoção de produtos endógenos da região, com destaque para o vinho.
A programação arranca a 05 de maio com um concerto da Orquestra Gulbenkian e Mário Laginha, a inauguração da Bienal de Pintura do Eixo Atlântico e uma evocação do escritor Trindade Coelho.
Até junho, passarão pela cidade os Deolinda, a Orquestra Sinfónica do Porto e a Orquestra Barroco, serão apresentadas as peças "O Misantropo" e "Ensaio sobre a cegueira", decorrerá o encontro euro regional e universitário de artes cénicas, que junta seis universidades portugueses e galegas, bem como o congresso internacional Infowine.forum.2016.
As Festas da Cidade e o Circuito Automóvel de Vila Real serão também mote para algumas manifestações culturais.
A programação da Capital da Cultura do Eixo Atlântico agrega vários eventos que já fazem parte da programação regular da cidade para os meses de verão, como o Rock Nordeste, os concertos de verão do teatro municipal ou o Festival Douro Jazz.
Para além dos equipamentos culturais como o teatro, os museus, a biblioteca ou o grémio, os eventos vão ainda espalhar-se por outras instituição como a universidade, a Casa de Mateus e até mesmo o centro histórico, que vai acolher exposições e um ciclo de artes de rua.
"A Capital da Cultura que irá decorrer aqui não será um ano de exceção, não será um ano anormalmente rico em eventos culturais, não representará uma inflação artificial de vida cultural do concelho que esvaziaria no dia seguinte ao seu encerramento", acrescentou Rui Santos.
O autarca frisou que, pelo contrário, a "intenção é criar uma montra que permita aos agentes culturais levarem a sua oferta a mais de sete milhões de pessoas no Norte e na Galiza".
Lusa