Os parques naturais de Montesinho e do Douro Internacional, em Bragança, já estão a ser coordenados pelo Departamento Norte das Áreas Protegidas (DNAP), entidade encarregue das cinco áreas da Região Norte.
Os dois parques deixam de ter directores, passando as chefias para as mãos de um único responsável, Henrique Pereira, que exercia as funções de director do Parque Natural da Peneda/Gerês.
A concentração é contestada pelos autarcas da região, que consideram que os parques vão perder autonomia administrativa e financeira. No entanto, o director do DNAP está convicto de que \"as populações não vão sentir alterações\". Em cada uma das cinco áreas protegidas do Norte vai ficar um técnico responsável pela gestão do quotidiano. \"Não haverá diferença significativa no funcionamento\", garantiu.
As chefias do Departamento Norte das Áreas Protegidas são constituídas por um director e três directores adjuntos. Um ficará com a pasta da Gestão Florestal e Vigilantes, cargo que será ocupado por Paulo Cabral, e ficará sedeado no Parque de Montesinho, mas com competências a nível dos cinco parques naturais. O que leva Henrique Pereira a dizer que \"há um reforço da posição\" de Bragança, uma vez que o director que agora sai só tinha competência sobre uma área.
Os outros dois directores-adjuntos ficam com competências na área da Biodiversidade e Ordenamento (Armando Loureiro), e o outro com Comunicação e Educação Ambiental ( Eduardo Figueiredo).
Conselho estratégico
Henrique Pereira nega que as autarquias estejam a ser afastadas da tomada de decisão, porque, ainda que a Comissão Directiva dos parques deixe de existir, passa a haver um Conselho Estratégico, que terá um representante das autarquias. Aquele conselho fará a aprovação das grandes linhas estratégicas de cada parque.
\"Quando tudo estiver a funcionar no terreno, sentir-se-ão poucas diferenças e, se houver, são para melhor\", referiu o director do DNAP, que reiterou a vontade de um reforço da proximidade e o envolvimento dos autarcas na estratégia dos parques.