António Pereira
A melhor Festa da Cereja de sempre graças a introdução recente de novas variedades, mais ao gosto do consumidor, com tipos de cereja maior e mais rija, com graus de doçura diferentes fizeram a delicias dos milhares visitantes que ocorreram ao recinto todos os dias e compraram cerca de 17 toneladas de cereja.
A organização do evento suplantou as espectativas, com atividades paralelas que souberam captar novos públicos e imprimir um dinamismo invulgar numa Feira do interior esquecido e abandonado, mas mesmo aí logo no primeiro dia, na abertura contou com o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas.
No seu discurso de abertura destacou algumas medidas de apoio à agricultura, como a que vai levar as cantinas de diferentes instituições públicas com uma criação de uma quota obrigatória de compra de produtores locais” Falou também de necessidade de os agricultores se manterem unidos em torna das suas cooperativas e organizações de produtores, “quando nos juntamos ficamos mais fortes”.
Falou da necessidade de “trazer os jovens para estes territórios, facilitando na elaboração de projetos, abrir um balcão para ajudar a elaboração um projeto integrado, para fazer cereja, desde a produção, comercialização e transformação”, e também falou do “Estatuto da Agricultura Familiar”.
Na abertura para além de inúmeros autarcas do distrito, esteve também uma delegação de empresários Moçambicanos e do Zimbabué que esteve em missão de reconhecimento e contactos bilaterais.
Logo na abertura o vice-presidente da Câmara, Eduardo Tavares, reiterou a “aposta crescente do município nos jovens do concelho que são a força do nosso território” e reiterou a aposta no turismo de natureza nas suas inúmeras expressões.
A presidenta de Câmara Municipal, Berta Nunes, destacou a aposta cada vez maior da autarquia neste certame com mais de 30 anos de história, com “investimento de cerca de 200 mil euros para a realização deste certame, nossa avaliação, o retorno paga bem, do ponto de vista não só do que se vende, como do que os restaurantes fazem e o alojamento está lotado, conseguimos, sem dúvida, aumentar o turismo”.
A feira reuniu cerca de 80 expositores que conta com 2.100 m2 de espaço expositivo onde se promoveram os produtos locais, mas com destaque para a cereja, a rainha da feira, que este ano os produtores levaram em quantidade e apresentou também qualidade.
A cereja foi a rainha da Feira com destaque para o “Prémio da melhor Cereja” para distinguir e valorizar os produtores de Alfandega da Fé.
Animação não faltou ao certame com um programa variado que contou com os DAMA, Per7ume, Cuca Roseta e Minhotos Marotos como cabeça de cartaz.
A gastronomia foi outro fator de atratividade ao longo dos 4 dias de festa da cereja, com o projeto Alfândega da Fé à Mesa, a ainda diversas atividades como o Encontro de Pastores, com mostra de ovinos e caprinos, e a Meia Maratona da Cereja.
Fotos: António Pereira
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