O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, garantiu hoje que as reservas de água para abastecimento à população estão “em plena capacidade” sem preocupações mesmo num cenário de seca.
“Estamos perfeitamente tranquilos na forma como temos as nossas reservas de água hoje em plena capacidade, o que nos permite estar à vontade mesmo para cenários menos favoráveis”, assegurou.
O autarca fez hoje o ponto da situação no Conselho Municipal de Segurança, que junta uma vez por ano os diferentes agentes para discutirem a realidade do concelho de Bragança, que foi apresentado, nomeadamente pelas polícias como “seguro, tranquilo e sossegado”.
Tranquilo está também o presidente da Câmara relativamente às reservas de água, numa altura em que no país se começa a falar de seca.
Hernâni Dias explicou que o abastecimento à maior parte dos 35 mil habitantes do concelho continua a ser feito “ao dia de hoje ainda pelas linhas de água normais”, sem recurso às duas grandes reservas, que são as barragens de Serra Serrada e de Veiguinhas.
Todavia, o autarca ressalvou que “pode haver problemas gravíssimos” no meio rural, e a necessidade de, como em anos anteriores, recorrer a camiões cisterna para garantir o abastecimento.
“Quando os efeitos da seca são muito evidentes, as próprias nascentes e até os furos podem não ter capacidade para poder abastecer as populações às quais se destinam. Isso obrigar-nos-á a fazer transporte de água em autotanques”, concretizou.
Este é um cenário ocorre todos os anos em algumas aldeias, sobretudo no verão, época em que os consumos duplicam. A Câmara indicou que “houve situações que já foram resolvidas, mas podem surgir novas” para as quais promete estar atenta com medidas previstas no plano de contingência.
A criminalidade e sinistralidade foram também analisadas ente Conselho Municipal de Segurança e, segundo o presidente da Câmara, “Bragança, pelos dados que forma apresentados, é efetivamente uma cidade segura”.
“A realidade que nos foi mostrada aponta exatamente nesse sentido, as forças de segurança têm feito um bom trabalho, os cidadãos de forma genérica também conseguem ter já hoje uma perceção clara daquilo que é a sua responsabilidade social na identificação de determinado tipo de problemas e, quando é necessário, eles próprios serem verdadeiros agentes de ajuda às forças de segurança”, sustentou.
O autarca defende que “a competitividade dos territórios também se mede hoje por questões relacionadas com segurança” em por isso, Bragança “mais capacidade terá de poder atrair mais gente, quer sob o ponto de vista turístico, quer de estudantes, quer até novos residentes”.
Os dados da PSP e da GNR corroboram este conceito de segurança, embora permaneçam algumas preocupações como furtos a armazéns e de produtos agrícolas, visíveis por exemplo na campanha da castanha, como apontou o comandante da GNR, Pedro Gonçalves.
“Um espaço tranquilo, sossegado e de pessoas de bem”, é a análise social que faz de Bragança o novo comandante da PSP, José Neto, que está no cargo há um mês e realçou que “há aqui pequenos acertos a fazer, mas prendem-se mais com modelos e filosofia de trabalho do que com aspetos relativos a insegurança ou incivilidade”.
Um dos desafios que assumiu é tentar perceber porque é que “entre as 16:00 e as 20:00, às terças e aos sábados, há uma incidência de acidentes na cidade” que não consegue ainda explicar.
Foto: AP