Cerca de 300 pessoas oriundas de vários países europeus estiveram em Agrobom naquela que foi classificada como uma “montaria de excelência” organizada pela AFTM.
Foi organizada, no passado sábado, dia 11 de Fevereiro, uma montaria em Agrobom, Alfândega da Fé, pela Associação Florestal de Trás-os-Montes (AFTM). Sensivelmente, 300 pessoas, entre caçadores e acompanhantes, vieram de vários pontos do país e do estrangeiro como, por exemplo, da Dinamarca, Luxemburgo e Suíça.
Numa mancha de 720 hectares, bem cuidada, sob o ponto de vista de gestão cinegética, foram colocados 179 postos de caça. “Esta mancha tem uma gestão cinegética cuidada e responsável baseada sempre na sustentabilidade do javali e numa exploração racional daquilo que é um recurso natural endógeno e selvagem”, garantiu o presidente da AFTM, acrescentando que esta mancha foi trabalhada durante “dois meses e meio mais intensamente e contou com 22 dias de campo”.
“Nesta mancha, que apenas é monteada quando reúne condições, foram monitorizados cerca de 60 javalis e foram abatidos 35”, referiu António Coelho, destacando o “balanço extremamente positivo” e como “tendo tudo decorrido “dentro daquilo que era previsto”.
“Houve muito cuidado na marcação das armadas e a mancha esteve durante dois anos intocável, nem se caçou caça maior nem menor, o que fez com que tivéssemos este resultado excecional, tendo em conta aquilo que foram os portes dos animais, quase todos eram adultos, e isto é um resultado de um trabalho apurado e atento da AFTM nestes dois anos que dedicamos a esta mancha”, explicou o responsável.
O Clube de Monteiros do Norte (CMN) desenvolveu ao longo desta época venatória uma série de iniciativas venatórias e sociais no concelho de Alfândega da Fé, marcando, também, a sua presença institucional nesta montaria de Agrobom.
“A presença do CMN e a relação institucional com a organização desta montaria é uma demonstração no sentido de contribuir para que se afirme de forma definitiva o potencial venatório deste território de terras de Alfândega da Fé”, declarou o presidente do CMN, Nelson Cadavez, sublinhando que a montaria de Agrobom é um ícone das montarias do Nordeste Transmontano por várias razões, mas, principalmente porque encaixa em critérios de gestão cinegética sustentável.
De destacar, ainda, o desenvolvimento turístico e económico proporcionado por este género de iniciativas, até porque a organização fez questão de envolver as entidades locais, promovendo, também, uma feira de produtos regionais, onde os participantes puderam comprar desde fumeiro, queijos, azeite entre outros.
Também a autarca do município de Alfândega da Fé fez questão de marcar presença e salientar importância da atividade cinegética como estratégia de desenvolvimento social, turístico e económico. “A nossa autarquia trabalha no sentido de promover o reconhecimento do concelho como destino de eleição no que toca a atividades venatórias”, frisou Berta Nunes, para quem, o objetivo passa por “atrair cada vez mais gente ao nosso concelho, já que muitas pernoitam cá e levam daqui muitos produtos de excelência”.