Cerca de dois anos depois da conclusão da empreitada, já se circula na ponte Internacional de Quintanilha, que liga Bragança à região de Zamora, a obra resultou de um convénio entre Portugal e Espanha.

Pouco passava das 11.30 horas de ontem quando o primeiro carro de matrícula espanhola atravessou a ponte Internacional de Quintanilha, que liga Bragança (IP4) a San Martin del Pedroso (E82), logo após a retirada dos pinos que mantiveram a travessia quase fechada ao trânsito à volta de dois anos.

Pepe Garcia, que se deslocava de Madrid para Bragança, foi o primeiro a fazer a viagem pela nova ponte, elogiou a obra e garantiu que, assim, virá mais vezes degustar o bacalhau a este lado. \"A estrada antiga era muito difícil\", explicou.

Pepe Garcia viajou para Bragança para contratar um carpinteiro e está ciente de que a travessia \"vai unir mais os dois povos e facilitar as relações comerciais\".

Desde Setembro de 2007 que a ponte de Quintanilha estava construída, mas encerrada, por falta de acessos do lado espanhol, onde as obras se prolongaram por mais tempo do que o previsto devido a diversos percalços com as empresas que adjudicaram a empreitada.

A primeira abriu falência e teve de ser substituída. \"Este tempo de espera foi longo\", lamentou Rui Oliveira, o primeiro português a atravessar a ponte. Os que percorreram a travessia ficaram satisfeitos com os ganhos de tempo, menos cinco minutos, e com a maior comodidade, comparativamente à sinuosa EN 217, cuja velha ponte sobre o rio Maçãs não permitia que um camião e um carro se cruzassem.

São muitos os que consideram que sem a construção da A4, aquela via não se tornará uma alternativa para entrar em Espanha. \"Faço a viagem Porto-Madrid quinzenalmente, viajava pela A24, mas hoje vim experimentar, mas sem a auto-estrada não compensa, com a A4 será mais fácil e mais próximo por aqui, isto é uma das ligações à Europa\", justificou José Carlos Costa, empresário.

A ponte deverá ser oficialmente inaugurada na próxima semana pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo seu homólogo espanhol, José Luís Zapatero.

A empreitada da ponte e acessos do lado português foram adjudicados por 13,7 milhões de euros, o investimento do lanço localizado em território nacional foi candidatado ao Fundo de Coesão e obteve uma comparticipação financeira de 82%.



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