A Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (EsACT) de Mirandela vai levar os alunos à aldeia para conhecer e estudar no terreno as potencialidades turísticas das tradições locais, divulgou a instituição.
As aldeias transmontanas são guardiãs de muitos dos atrativos regionais e a escola superior do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), sediada em Mirandela, decidiu incluí-las nas comemorações do Dia Mundial do Turismo, com uma visita a Suçães, na segunda-feira.
A iniciativa pretende chamar as aldeias para esta data, como explicou à Lusa a diretora da escola, Sónia Nogueira, e aproximar a academia das mesmas para que a formação ou projetos sejam adaptados às necessidades.
Com cerca de duas centenas de alunos a frequentarem os cursos relacionados com o Turismo, nomeadamente um técnico superior profissional, uma licenciatura e um mestrado, todos os anos a escola celebra a data e este ano escolheu como tema ‘O Turismo Junta-se às Aldeias para Um Crescimento Inclusivo’.
Para a diretora da escola, não fazia sentido falar disto num auditório, sem envolver a aldeia, e escolheram a de Suçães, em Mirandela, para as atividades do Dia do Turismo, na segunda-feira, 27 de setembro.
“Temos é que ir para a aldeia falar nisto e a ideia máxima é acima de tudo este envolvimento da academia no sentido de nós conseguirmos aferir as necessidades das aldeias em termos de formação e de como é que a escola se consegue aproximar”, referiu.
Estar no terreno é, para a diretora, a forma de perceber se o que é preciso é dar formação aos habitantes da aldeia no sentido de melhor receberem os turistas ou ajudarem a desenvolver projetos.
“Estando lá, observando, é que nós realmente sabemos de que forma é que nos conseguimos aproximar a essa potencialidade e de que forma conseguimos dar resposta, quer seja através de projetos quer seja através de formações ou cursos”, concretizou.
As atividades previstas para segunda-feira envolvem a recriação dos produtos típicos como a bola sovada, que ganhou o nome da tareia que leva na masseira antes de cozer, e de outros tipos de pão típico, confecionados nos fornos comunitários.
Na terra do azeite, está também programada uma visita a um lagar e a um olival, para dar a conhecer aos alunos a rota deste produto, num dia que termina com uma degustação de iguarias.
O programa pretende também uma discussão sobre o tema com especialistas convidados que irão falar do relacionamento entre as potencialidades de uma aldeia e o que a academia pode oferecer à mesma.