Fernando Teixeira, vendedor de doces regionais junto à área de serviço do Marão, no IP4, já perdeu a conta aos acidentes que assistiu e ouviu contar naquele itinerário, sobretudo até à zona do Alto de Espinho, entre Amarante e Vila Real. Mas há um local específico, entre os quilómetros 65 e 66,9, próximo da área de serviço do Marão ( zona de Espinheiro), que já passou a ser conhecida pela \"curva dos ricos\".

\"Apesar de haver ali acidentes com outros veículos, a grande maioria dos que ali se estampam são carros de alta cilindrada\". A designação \"curva dos ricos\" também é utilizada internamente pela BT de Vila Real.

E os números atestam os factos: desde 2003, já morreram naquela curva 12 pessoas.

Luís Bastos, presidente da Associação de Utilizadores do IP4 (AUIP4), disse, ao JN, que já chegaram \"a transmitir, numa audiência com o anterior ministro Valente de Oliveira, a preocupação sobre esse local\". A AUIP4 pediu que \"fossem instalados radares fixos limitativos de velocidade, idênticos aos da VCI, no Porto (solução, aliás, defendida também pelo governador civil do Porto), ou a colocação de separadores centrais\".

O presidente da AUIP4 explica que os acidentados são, geralmente, \"carros muito potentes que conseguem subir o Marão a mais de 90 ou 100 quilómetros por hora. As curvas tornam-se traiçoeiras, sobretudo quando o piso está mais escorregadio\", acrescentou.

Números mortais
33

acidentes ocorreram, entre 2002 e 2003, precisamente entre os quilómetros 65 e 66,9. Desse total, resultaram quatro mortos e 21 feridos.
8

mortes registadas, só este ano, naquele troço.
220

pessoas morreram, desde 1993, data de abertura doIP4. A grande maioria vivia em Trás-os-Montes e Alto Douro.



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