O corpo da terceira vítima mortal do acidente ferroviário na linha do Tua foi encontrado esta segunda-feira pelas 17:00 a três quilómetros do local do acidente, uma semana depois da queda da automotora do Metro de Mirandela.
O corpo foi encontrado com recurso a um helicóptero e será transferido para o Instituto de Medicina Legal de Mirandela, onde será sujeito a autópsia, devendo ser entregue à família ainda hoje.
As buscas beneficiaram hoje do encerramento das barragens a montante do local do acidente, que reduziu o caudal do Tua e permitiu encontrar o corpo do maquinista da automotora que caiu ao rio há uma semana.
O acidente, cujas circunstâncias exactas ainda estão por apurar, arrastou numa queda de 60 metros uma automotora do Metro de Mirandela com cinco ocupantes.
Dois feridos, um rapaz e uma rapariga de 23 anos, foram resgatados no próprio dia do acidente, mas tiveram que esperar duas horas pelo salvamento, dificultado pela inacessibilidade do local onde foram parar.
Na manhã de terça-feira, foi encontrado junto à composição o cadáver do revisor da máquina, de 35 anos, residente em Mirandela.
As buscas pelos dois desaparecidos alargaram-se ao rio Douro e as equipas concentraram-se em levantar a composição caída no Tua, verificando que ali não estava nenhum corpo.
Militares da Armada, GNR, bombeiros, helicópteros e cães especializados em busca em meio aquático continuaram a procurar no Tua e no Douro e encontraram o corpo do segundo desaparecido, um funcionário da CP, a três quilómetros do local do acidente, próximo de onde foi resgatado o cadáver do último desaparecido.
As condições difíceis do terreno provocaram também ferimentos em um bombeiro e um mergulhador empenhados nas operações de busca.
O acidente trouxe receios sobre o encerramento da linha do Tua, em que circulam as composições do Metro de Mirandela ao serviço da CP.
Segundo a CP e a Refer, responsável pela manutenção, nos últimos anos foram gastos dois milhões de euros na linha em causa.
