Segundo informação da Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso, elementos da empresa Savannah Resources, acompanhados pela GNR, invadiram Quinta-feira dia 17)um terreno privado (Em Covas do Barroso, Concelho de Boticas) e desviaram um reboque para permitir a circulação de uma máquina que realiza trabalhos de prospeção no âmbito de um projeto de mineração de lítio. Há 8 anos que as comunidades locais contestam o projeto.
Após várias tentativas frustradas por parte da GNR de coagir o proprietário a retirar o reboque, a guarda optou por fazer o trabalho “às escondidas”, sem que este estivesse presente. A GNR recusou-se sempre a dialogar com o proprietário na presença dos seus vizinhos, procurando isolá-lo. Foi assim na segunda-feira (14) e na quarta-feira (16). Uma situação idêntica tinha acontecido na sexta-feira passada (11) com outro vizinho de Romainho, o qual foi “aconselhado a não se opôr à retirada dum (outro) reboque” sob pena de detenção. Vários elementos da comunidade já tinham sido intimidados e ameaçados de detenção pela GNR durante o bloqueio de 7 meses que decorreu no ano passado, conforme a informação da associação.
E continua a informação "Os dois proprietários em questão nunca foram notificados no âmbito da servidão administrativa e as suas propriedades nem sequer aparecem na lista que consta do despacho ministerial de 6 de dezembro. A sua titularidade sobre os terrenos foi simplesmente ignorada por um ato administrativo apressado e que vulnera os direitos das populações de Covas do Barroso e Romainho, já cansadas de tantos atropelos."
A associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso "não só desconhece legitimidade à servidão administrativa como denuncia as irregularidades que estão a ser cometidas. Denunciamos ainda a atuação parcial da GNR que continua a vir ao terreno apenas para defender os interesses da empresa Savannah Resources. Apesar destes abusos, continuaremos a resistir à ocupação e destruição das nossas Serras."