O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, defendeu ontem a necessidade de «trazer já» operadores privados para os parques naturais, estando em curso um levantamento dos negócios que podem atrair mais e melhores visitantes.

\"Definitivamente acabou a ideia de que onde está a natureza não deve ir o visitante para não maçar\", afirmou Humberto Rosa perante uma plateia de dezenas de autarcas e representantes de áreas protegidas que assistiam à apresentação do Programa de Visitação e Comunicação dos Parques Naturais.

Baseando-se em dados de uma empresa de estudos de gestão de empreendimentos turísticos que, a pedido do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), elaborou aquele programa, o governante salientou que é preciso melhorar a visitação dos parques naturais.

O estudo de mercado feito por aquela empresa revelou que a visitação em algumas áreas protegidas é estruturalmente de carácter espontâneo, não obedecendo a motivações específicas ligadas à procura ou usufruto dos recursos da natureza e paisagem.

O diagnóstico sugere a necessidade de criar parques temáticos, centros de interpretação da natureza, museus, parques aventura ou parques aquáticos, que permitam às áreas protegidas obter e gerar receitas que permitam fazer o controlo e fiscalização dos operadores privados, minimizar os impactes das visitas e fazer as intervenções necessárias. Para isso, foi sugerido o desenvolvimento de novas formas de colaboração e parceria entre o ICNB, as entidades públicas e grupos e empresas privadas que tornem possível a aposta no investimento em infra-estruturas.

O presidente do ICNB, João Menezes, adiantou que acaba de ser criado um grupo de trabalho com a missão de estruturar o produto da visitação, o modelo de negócio e o modelo organizacional.



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