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A Aliança Democrática no distrito de Vila Real e elege apenas dois deputados, Amílcar Almeida e António Machado e o PS dois, a Fátima Pinto e Carlos Silva, mas a grande surpresa da noite é para a eleição de Manuela Tender pelo CHEGA.
O CHEGA consegue aqui um resultado surpresa com a eleição de Manuela Tender , ex deputado do PSD.
Surpreendente é o resultado da ADN que se situou como 4º força política, naquilo que pode ter sido a grande polémica eleitoral com a confusão entre siglas.
Em 2022, o PS tinha conseguido três mandatos e o PSD, a concorrer sozinho, dois.
Chega elege pela primeira vez e AD e PS empatam com dois deputados
A ex-deputada social-democrata e professora Manuela Tender conquistou o primeiro mandato pelo Chega no distrito de Vila Real, com a Aliança Democrática (AD) e o PS a elegerem, cada um, dois deputados.
No distrito que elege cinco deputados, disputados por 13 partidos e coligações, a AD, que junta o PSD, CDS-PP e PPM, foi o partido mais votado, elegendo dois deputados, seguindo-se, em segundo lugar, o PS, com também dois deputados eleitos.
No entanto, foi Manuela Tender que protagonizou a surpresa das eleições legislativas antecipadas neste circulo eleitoral do interior do país, que se manteve como terceira força política mais votada, mas aumentou o número de votos para os 20.032 votos (17,11 %).
Em 2022, também com a antiga deputada do PSD a liderar a lista, o Chega conseguiu 7.569 votos (7,33%) em Vila Real.
A professora de 52 anos foi deputada na AR eleita pelo PSD, entre os anos de 2011 e 2019, e desfiliou-se daquele partido no início de 2020, por divergências com a distrital social-democrata.
Para estas eleições, os maiores partidos apostaram em novos cabeças de lista, nomeadamente Fátima Correia Pinto (PS), 39 anos e deputada na Assembleia da República, e Amílcar Almeida (AD), 58 anos, presidente social-democrata da Câmara de Valpaços.
A coligação AD foi a força política mais votada com 46.040 votos (39,33%), elegendo Amílcar Almeida e Alberto Machado, presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar.
O PS, com 34.654 votos (29,60%) perdeu o terceiro deputado conquistado em 2022, elegendo hoje Fátima Correia Pinto e ainda Carlos Silva, vereador da Câmara de Vila Real.
Neste distrito com 14 concelhos, a AD venceu as legislativas de hoje em Alijó, Boticas, Chaves, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Ribeira de Pena, Sabrosa, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.
O PS conquistou apenas os municípios de Mesão Frio, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião.
A Alternativa Democrática Nacional (ADN), que não apresentou candidatura no distrito em 2022, obteve, nas eleições de hoje, 2.958 votos (2,53%), tornando-se na quarta força política mais votada.
O Bloco de Esquerda (BE) desceu de quarta para quinta força política no distrito, obtendo 2.865 votos (2,45%), seguindo-se a Iniciativa Liberal com 2.378 votos (2,03%), CDU com 1.599 votos (1,37 %), o Livre com 1.592 votos (1,36 %) e o PAN 1.062 votos (0,91%).
De um total de 208.667 eleitores inscritos neste círculo eleitoral, foram votar 117.056, com a abstenção a baixar para os 43,9%.
Este é um distrito que vota tradicionalmente à direita e, desde as primeiras eleições livres após o 25 de Abril, o PS apenas conseguiu ganhar ao PSD nas maiorias absolutas dos socialistas José Sócrates (2005) e António Costa (2022).
Em 2022, foram 15 os partidos que concorreram por este círculo eleitoral.
Segundo os resultados definitivos das legislativas de 2022, publicados em Diário da República (DR), o PS venceu em Vila Real com 43.489 votos (42,10%), seguindo-se o PSD com 42.128 votos (40,79%), o Chega com 7.569 votos (7,33%) e o BE com 2.442 votos (2,36%).
Quanto aos restantes partidos com assento parlamentar, a IL obteve 1.898 votos (1,84%), a CDU 1.775 votos (1,72%), o PAN 815 votos (0,79%) e o Livre 566 votos (0,55%).
Nesse ato eleitoral estavam inscritos 213.093 eleitores, tendo votado 105.308 (49,42%).A abstenção situa-se em 44%
DTM com Lusa
