Dor, pesar, medo e revolta. Era um misto destes sentimentos que predominava entre as dezenas de pessoas que ontem se juntaram no último adeus a Isolina Ramos, de 89 anos. A antiga professora primária foi encontrada morta em sua casa, na passada quarta-feira, em Freixiel, Vila Flor, depois de ser violada e asfixiada.

A Polícia Judiciária de Vila Real continua a investigar o caso, mas ainda não há suspeitos. Hoje, a família e vizinhos da vítima vão começar a ser ouvidos.

A idosa foi encontrada com uma corda no pescoço, seminua e com marcas de agressão. A confirmação, pelos exames médicos, do crime deixou ainda mais indignados os habitantes da freguesia de Freixiel, que ainda não recuperaram do choque dos acontecimentos. Todos querem que o responsável pelo crime seja encontrado o mais rapidamente possível.

\"A vontade do povo é a de fazer justiça pelas próprias mãos\", sentenciava, revoltado, Armando Fidalgo, de 74 anos, sentado no muro da Igreja de Freixiel, minutos antes do funeral de Isolina Ramos. A indignação de Armando era extensível a todos os presentes, até porque a antiga docente era querida em toda a freguesia transmontana. \"Não podia haver melhor pessoa do que ela\", comentava a vizinha Elisa Rosinha, com o rosto fechado pela tristeza.

Na aldeia, ninguém se atreve a levantar suspeitas sobre quem quer que seja. O medo e a desconfiança estão instalados, especialmente entre as pessoas que vivem sozinhas e que temem que o episódio de horror se volte a repetir.

Mais serena estava Carolina Aguiar, afilhada da vítima, que diz estar confiante no trabalho da Polícia Judiciária. \"Acredito que, em breve, vão apurar toda a verdade\", disse ao CM.



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