A grande maioria dos aeródromos Municipaisde Trás-os-Montes e Alto Douro não é vigiado durante a noite e alguns também não contam com qualquer serviço de segurança das instalações durante o dia. Mirandela, Mogadouro,Chaves, Minhéu, Chã, Alijó, e Lamego não têm qualquer vigilância.

Mas os casos mais graves são os de Bragança e Vila Real, que têm carreiras públicas e contam apenas com um homem a guardar a pista de noite, contratado pelos Aeroclubes.

Em Vila Real, nas carreiras aéreas que ligam Trás-os-Montes a Lisboa, a entrada e saída de passageiros não tem qualquer vigilância, nem é feito o controlo de volumes. Dizem mesmo que, entre Vila Real e Bragança, até pode levar-se uma arma ou uma bomba para o avião.

\"Temos um homem que trabalha das 20h00 às 08h00 e é ele que faz toda a ronda\", contou ao CM uma fonte do Aeroclube de Vila Real. Este dirigente acrescentou que \"na época de incêndios nem há elementos de segurança a vigiar a pista\".

Apesar da presença do guarda, os espaços envolventes do aeródromo são, por vezes, alvo de actos de vandalismo.

Confrontado com esta insuficiência de meios, Fernando Nogueira, antigo Presidente do Aeroclube de Chaves, sublinhou ao CM, \"que a manutenção e a gestão do espaço é da responsabilidade dos municípios\". Porém, adiantou que \"os sistemas de alarme suportados pelas colectividades são por vezes os únicos guardas-nocturnos das pistas e das instalações\".

Um dirigente de um aeroclube do Nordeste Transmontano salientou que \"mesmo os aeródromos secundários deveriam ser vigiados, já que ninguém sabe o que arremessam para a pista\".



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