O Governo já escolheu a comissão administrativa da Casa do Douro, que terá de gerir o património e as dívidas da instituição extinta em 2014, e que será presidida por Agostinho da Santa, anunciou o ministro da Agricultura no parlamento.
Além de Agostinho Gonçalves Alves da Santa, a comissão vai integrar também Mário António Monteiro de Sousa e António Manuel Sousa Ribeiro da Graça, "todos funcionários públicos", "todos residentes na região" e que, segundo Capoulas Santos, são "pessoas inquestionáveis".
A criação de uma comissão administrativa para a regularização das dívidas da extinta Casa do Douro e da situação dos trabalhadores foi aprovada em maio pelo parlamento.
A Casa do Douro é a instituição duriense onde os produtores de vinho do Douro e Porto tinham, no passado, que se inscrever obrigatoriamente. A entidade, que deve cerca de 160 milhões de euros ao Estado, por dívidas acumuladas durante décadas, foi alvo de legislação do anterior executivo com vista à compensação de parte dos créditos públicos, transformando a Casa do Douro numa instituição de direito privado.
Há poucos dias, o Presidente da República, que já promulgou a decisão dos legisladores de nomear uma comissão executiva para a regularização das dívidas e da situação dos trabalhadores, alertou para a salvaguarda do património vínico da Casa do Douro. "A Casa do Douro tem vindo a conhecer tanta mudança ao longo dos anos que os produtores perguntam como vai ser o futuro, quem é que vai administrar a Casa do Douro. Depois eu disse, atenção ao património da Casa do Douro porque há lá vinho muito antigo e muito valioso", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa na passada semana, em visita à região.
JNegocios/Lusa