O rendimento da actividade agrícola em Portugal sofreu a maior descida em 2005 entre os 25 países da União Europeia, na ordem dos 12 por cento em relação ao ano anterior, segundo dados do Eurostat divulgados hoje.

De acordo com as estimativas revistas pelo organismo estatístico da UE, a maior descida do rendimento agrícola real por trabalhador registou-se em Portugal, seguido da Eslováquia (menos 10,6 por cento), Itália (10,4 por cento), Espanha (menos 10,3) e França (10,1 por cento).

Os primeiros dados, divulgados em Dezembro, davam conta de uma descida de 11 por cento, que subiu agora um ponto percentual depois de feita a revisão.

A descida média a nível comunitário situou-se nos 5,6 por cento na UE a 25, depois da subida de 6,3 por cento registada em 2004.

O maior aumento do rendimento agrícola aconteceu na Lituânia (mais 24,6 por cento), Irlanda (mais 16,5 por cento), Letónia (mais 13,1 por cento) e na República Checa (mais 12,6 por cento).

A tendência negativa resulta de uma redução do rendimento agrícola real (de menos 7,9 por cento), parcialmente compensado por uma redução do volume da mão-de-obra agrícola (menos 2,4 por cento).

Para tal, contribuíram uma baixa da produção agrícola (menos 4,8 por cento ao preço da produção) em termos reais e de um aumento líquido dos impostos (mais 1,6 por cento).

A diminuição da produção agrícola da UE a 25 em 2005 (menos 4,8 por cento) deu-se principalmente entre os produtos vegetais (menos 8 por cento) - em especial no azeite (menos 16 por cento) e no vinho (menos 10 por cento), e na produção animal (menos 1,3 por cento).

A diminuição do volume de produção de cereais (menos 11,1 por cento na UE) foi particularmente significativa em Espanha (menos 42 por cento) e em Portugal (menos 39 por cento).

Estas estimativas revistas baseiam-se em dados actualizados transmitidos pelos Estados-membros em Janeiro de 2006.

O rendimento agrícola compreende apenas os rendimentos gerados pela actividade neste sector e não pode ser confundido com o rendimento global do agregado familiar.

Não inclui as entradas de outras actividades económicas (actividades não agrícolas, salários, prestações sociais ou rendimentos de propriedade).



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