A Câmara Municipal de Bragança accionou o plano de contingência para abastecimento de água a cidade. Há dois dias que camiões cisterna fazem os transportes desde a rede de água tratada da albufeira do Azibo, no concelho de Macedo de Cavaleiros, para os reservatórios da Mãe de Água e São Bartolomeu.

A autarquia não teve outra alternativa para fazer face à falta de reservas, visto que a Barragem da Serra Serrada só terá água para pouco mais de 30 dia. Também estão activos os sistemas alternativos dos rios Sabor e Baceiro.

O presidente da Câmara, Jorge Nunes, referiu que foi posto em marcha o Nível 1 do Plano de Contingência que prevê seis cenários, e onde já se apontam hipóteses mais drásticas e tem-se em consideração uma situação de rotura total das reservas.

A situação do abastecimento de água é considerada pelo autarca \"preocupante\", se não chover, a rotura total \"pode acontecer a muito curto prazo\", afirmou.

Na próxima terça-feira será accionado o Nível 4. Nessa altura estarão activas sete cisternas para garantirem cinco por cento da reserva e pouparem a Serra Serrada. Para já estão a ser usadas duas cisternas, uma dos Bombeiros de Vimioso e outra da Câmara de Bragança. Se a situação piorar a Protecção Civil distrital dispõe de meios suficientes, mas em caso de rotura total será necessário accionar a Protecção Civil Nacional.

A população está preocupada. Mário Graças, 71 anos, referiu ao JN que há várias semanas poupa água em casa, não rega o quintal e não lava o carro.

Ontem, a Câmara Municipal realizou uma reunião de emergência com o Ministério de Ambiente, o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, a empresa Águas de Trás-os-Montes e outras entidades com vista à identificação, disponibilização e obtenção de meios constantes no Plano de Contingência.



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