O Ministério da Saúde disse hoje que o Serviço de Atendimento Permanente do Hospital D.Luíz I, na Régua, vai encerrar apenas quando estiverem consumadas algumas condições, como a criação da consulta aberta ou a colocação de uma ambulância SIV.
Fonte do Ministério da Saúde confirmou à Agência Lusa o encerramento do SAP da Régua, mas adiantou que, «neste momento, ainda não há datas definidas».

Acrescentou que, antes, terão que ser reunidas condições no terreno que passam pela consumação de algumas propostas apresentas pelo ministro Correia de Campos ao presidente da Câmara da Régua.

Uma das condições é a criação de uma consulta aberta, entre as 08:00 e as 22:00 nos dias úteis e das 08:00 às 20:00 nos fins-de-semana e feriados, naquela unidade hospitalar para responder aos casos agudos não programáveis e a instalação de um veículo SIV (Suporte Imediato de Vida) do INEM.

O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro vai também disponibilizar consultas das especialidades de medicina interna, cirurgia geral, ortopedia, obstetrícia/ginecologia e pediatria no Hospital D. Luís I, com recurso aos médicos especialistas das quatro unidades que integram o Centro Hospitalar.

A proposta do Ministro da Saúde prevê também que, até 31 de Dezembro de 2007, o internamento do Hospital D. Luís I passa a ser parcialmente reconvertido numa unidade de cuidados continuados integrados.

A Câmara da Régua, presidida pelo social-democrata Nuno Gonçalves, recusou a proposta do Ministério da Saúde para o Hospital da Régua.

A proposta ministerial foi anunciada após ter sido divulgado um relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) que comprovou que no Hospital D. Luíz I não existe um serviço de urgência hospitalar, mas um serviço de atendimento permanente, cujo encerramento recomendou.

A mesma recomendação foi apresentada pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências.

Segundo dados do ministério, o serviço de urgência da Régua presta consultas de clínica geral, diurnas e nocturnas, mas é assegurado por médicos de uma empresa privada, sem qualquer relação com a população, nem com os médicos de família que assistem a população dos concelhos do Peso da Régua, Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião.

A autarquia, em conjunto com a Liga dos Amigos do Hospital da Régua e a recém criada Comissão de Utentes, marcou para domingo uma manifestação de protesto contra o encerramento da urgência local.



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