As intempéries do ano passado provocaram o aluimento da vedação do adro da igreja de Vinhas, dificultando assim o acesso ao templo e tornando a Estrada Nacional 317, que atravessa a aldeia naquele local, um perigo.

A necessidade de remover o entulho e, simultaneamente, de suster as terras, originou a construção de um muro de suporte. Mas a urgência desta obra levou ao começo de uma outra que já estava projectada há muito tempo: a reabilitação da "antiquíssima" igreja, dedicada a S. Vicente, reedificada no século XVIII, cuja capela-mor, de forma hexagonal, é única na região".

De acordo com o presidente da junta de freguesia, Pedro Gomes, "foi assim que surgiu a oportunidade de fazer coincidir uma candidatura TNS (Trabalhos de Natureza Simples), prevista para a reabilitação da igreja, com a possibilidade do recurso ao empréstimo com juros bonificados, criada pelo governo para fazer face aos efeitos provocados pelas intempéries que ocorreram no ano passado".

O templo "requer uma grande intervenção", mas "a urgência, para já, recaía sobre o telhado, onde havia muitas telhas que necessitavam de ser substituídas". Da obra que está a ser feita por administração directa da junta de freguesia, derivada da delegação da Câmara Municipal, fez também parte a retirada do reboco, que pÎs à vista a arquitectura primitiva da igreja. Para fazer face a estas despesas, obteve-se, através de uma TNS, uma comparticipação do Estado de cerca de seis mil contos, verba a que a Câmara Municipal acrescentou quatro mil contos.

Antes de dar início às obras, o presidente da junta conseguiu que um vizinho da igreja cedesse parte de um terreno para alargamento do espaço do adro. Pedro Gomes considera que "isso veio permitir que os muros, com as correspondentes escadarias, se enquadrem melhor com a moldura do templo". Ao mesmo tempo, com o arranque das oliveiras ali existentes, "a igreja passou a ter mais visibilidade". Como contrapartida, o vizinho viu feito "o alargamento da via à sua porta". E quem viaja na EN 317 "passa a desfrutar de uma perspectiva mais completa da igreja" .

A construção dos muros em pedra (xisto), adquirida em Alfândega da Fé, está orçamentada em 10.500 contos, verba a que o recurso ao empréstimo com juros bonificados, previsto para fazer face à intempérie do ano passado, avaliado em seis mil contos, não dá resposta. Daí a necessidade de arranjar outra fonte de financiamento, que poderá ser a Câmara Municipal. Além disso, a obra prevê a pavimentação dos 850 metros quadrados do adro e das rampas de acesso ao mesmo, obra que, na perspectiva de Pedro Gomes "carece de outra candidatura TNS".



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