No dia mais quente do ano em Portugal Continental, esta terça-feira, os incêndios invadiram a região transmontana, em particular os concelhos de Freixo, Moncorvo e Mogadouro, onde uma aldeia ficou isolada pelo fogo.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, terça-feira, dia 6 de setembro, foi o dia mais quente do ano em Portugal continental. E Trás-os-Montes não foi exceção.
Com as temperaturas a aproximarem-se perigosamente dos 40 graus, o concelho de Freixo de Espada à Cinta foi a primeira vítima com mais de 100 bombeiros a tentarem contrariar o crescimento do incêndio na localidade de Fornos. Tendo começado ao final da manhã e, apesar da rápida intervenção dos bombeiros, que foram apoiados por 40 viaturas, a verdade é que não conseguiram evitar o corte do tráfego no cruzamento da Estrada Nacional 220 com a Estrada Nacional 221. Por momentos, a situação foi caótica, como se pode comprovar através da fotografia cedida pelo Fórum Carviçais. As chamas, inclusive, alastraram-se em duas frentes, na Macieirinha, Torre de Moncorvo, e do outro lado, às portas dos Estevais, concelho de Mogadouro.
E se durante a madrugada, o incêndio que deflagrou ontem em Fornos já estava em fase de rescaldo, no concelho de Mogadouro um reacendimento deslocou o incêndio dos Estevais às Minas da Fonte Santa, aonde passou para o outro lado da estrada nacional um pouco à frente da Subestação de Lagoaça. O vento forte complicou e muito o trabalho dos bombeiros, que esta tarde tiveram de cortar ao trânsito a Estrada Nacional 221, que liga Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta.
De acordo com a Proteção Civil de Mogadouro, também a estrada municipal que liga a Estrada Nacional 221 a Bruçó está cortada, estando a aldeia isolada pelas chamas que continuam a consumir zonas de mato. Neste momento, encontram-se no local quase 150 operacionais, 54 viaturas e três meios aéreos.