A aldeia de Vilar de Perdizes, em Montalegre, acolhe entre 01 e 03 de setembro o Congresso de Medicina Popular, onde se querem cruzar todo o tipo de soluções que fazem bem à saúde física e mental.
Impulsionado desde 1983 pelo padre António Fontes, o congresso quis dar a conhecer "o valor da medicina popular e o poder das plantas para combater doenças", mas, para além desse objetivo, tornou-se também numa oportunidade de negócio para a hotelaria, restauração, comércio e uma atração turística deste município do distrito de Vila Real.
Em Vilar de Perdizes misturam-se investigadores, especialistas de medicinas alternativas e doenças da mente e debatem-se temas que vão desde o saber popular e propriedades das plantas, passando pela espiritualidade, até às novas ervas medicinais e alimentação.
Ao padre Fontes juntou-se o padre António Joaquim, pároco desta aldeia há cerca de três anos, e ainda um grupo de jovens que está, agora, a ajudar na organização do evento.
António Joaquim quer que Vilar de Perdizes seja uma plataforma de "medicina integral", ou seja, de "tudo aquilo que faz bem à saúde física e mental".
Saúde que não depende apenas da farmácia, mas pode encontrar soluções nas plantas, na acupuntura, na osteopatia ou nas massagens.
Vilar de Perdizes continua a estar de portas abertas a todos, desde cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos, massagistas, a muitos curiosos e turistas.
Mas, para António Joaquim, é "preciso encontrar uma nova roupagem" para que o evento cresça.
É preciso também, defendeu, envolver mais a população local e destacou a ajuda que está a ser dada pelo grupo de jovens que se está a associar à organização, que está a cargo da Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes.
O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, destacou também a importância destes jovens que se "estão a unir à volta da figura tutelar do padre fontes e do padre António Joaquim".
"O que nos vem dar garantias de continuidade para este grande acontecimento de tão grande representatividade para a vida económica, cultural e social do concelho", frisou.
Orlando Alves considerou que o congresso "tem um peso significativo na economia da região pela dinamização que suscita, pela adesão que provoca, pelos movimentos que gera e pela entrada de capital para a hotelaria, restauração e comércio local".
A festa em Vilar de Perdizes começa já hoje com o FestiVilar, um festival de agosto que, até domingo, vai juntar música, arte, desporto e tradição.
O programa deste evento inclui atuações de João Seabra, Ruizinho de Penacova e Luís Pedreira, ainda uma caminhada pelo "Trilho dos Burros" e um torneio de futebol.
Foto: António Cunha