A presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes, apontou hoje 2018 como o ano em que espera aliviar a condição de desequilíbrio das contas que têm marcado os últimos anos neste município do distrito de Bragança.

A autarca socialista disse hoje à Lusa que a Câmara de Alfândega da Fé "já está a sair do desequilíbrio estrutural para passar para desequilíbrio conjuntural", o que significa "uma melhoria doa situação financeira que espera permitir, "talvez ainda este ano", dar uma maior flexibilidade na gestão autárquica.

O orçamento municipal para 2018 foi preparado de acordo ainda com as limitações daquele que era um dos municípios mais endividados do país e que contabiliza uma redução da dívida de 23 para 18 milhões de euros e uma redução do prazo de pagamento a fornecedores de 900 dias para "um ou dois dias".

Os programas de assistência financeira a que tem recorrido, não permitem ao município, segundo explicou a presidente, mexer em impostos em prol dos cidadãos e essa é a razão apontada para a Câmara não devolver qualquer percentagem dos cinco por cento de IRS a quem direito.

Também as taxas de IMI se mantêm inalteradas em valores quase próximos dos máximos, com a exceção dada pelo Orçamento do Estado de 2017, que permitiu uma pequena descida de 0,5 para 0,48, que se mantém em 2018, segundo explicou a autarca.

Alfândega da Fé tem um orçamento de 9,5 milhões de euros, aprovada pela Assembleia Municipal, para 2018, com um aumento de dois milhões em relação a 2017, resultado das verbas asseguradas em várias candidaturas a programas comunitários.

Continuar a reduzir a dívida e sair do excesso de endividamento é a principal aposta da autarca socialista que, simultaneamente, vai aproveitar os fundos comunitários para a reabilitação urbana da vila sede de concelho.

Entre outros projetos em execução ou prestar a iniciarem-se estão o de levar água tratada a mais cinco aldeias, o cadastro das redes de água e saneamento do concelho, a zona industrial ou a requalificação da escola EB 2/3.

Continuar a investir na Educação, Cultura, Apoio Social e Desporto fazem também parte do plano de atividades e orçamento para 2018.



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