Intenção manifestada ao governador civil de Vila Real, esta segunda-feira, dia em que a primeira delas colocou oito trabalhadores em lay-off.

São oito entre 20 os funcionários da Adega de Alijó que vão ter a actividade suspensa durante três meses, sendo que deverão regressar ao trabalho numa altura que vai coincidir com o início da época de vindimas. A quebra de encomendas, na ordem dos 40%, obrigou a Direcção da instituição a tomar uma medida que chegou a ser ponderada já no último mês de Abril. Ontem, não se mostrou disponível para esclarecer os contornos do processo.

A situação financeira da Adega de Alijó tem vindo a agravar-se nos últimos meses. Por falta de pagamento do imposto sobre os negócios do álcool, a Direcção- -Geral das Alfândegas selou-a por duas vezes, em Fevereiro e Maio deste ano. Os viticultores que lhe venderam as uvas também não estão satisfeitos, pois há várias colheitas por pagar.

A crise que se abateu sobre as adegas cooperativas do concelho de Alijó já não é nova. A Adega de Sanfins do Douro faliu há dois anos e, neste momento, a da sede de concelho corre sérios riscos de ir pelo mesmo caminho. Porém, as de Favaios e de Pegarinhos também não estão livres de vir a enfrentar problemas semelhantes, até pelas dificuldades crescentes que o mercado dos vinhos atravessa.

Daí que a fusão entre as três apareça, neste momento, como a única solução capaz de viabilizar as três cooperativas numa só, dando-lhe vitalidade económica e financeira, bem como escala competitiva.

Da reunião de ontem, na Câmara de Alijó, entre direcções das três adegas, autarcas e o governador civil de Vila Real, transpirou que até ao final desta semana estará pronto um estudo de viabilidade que apontará o caminho de futuro, sendo que a fusão é o mais provável. De acordo com o governador civil, Alexandre Chaves, deverá contribuir para \"dar melhor resposta aos viticultores, garantir a qualidade dos seus vinhos e ter maior sustentabilidade económico-financeira\".

\"Finalmente, as adegas estão de acordo sobre o modelo institucional a seguir\", comentou o presidente da Câmara, Artur Cascarejo. \"Houve que partir muita pedra, mas todos chegaram à conclusão de que não há outra solução\", acrescentou.

Quando o estudo de viabilidade chegar à Autarquia, será analisado pelas partes ontem reunidas e a seguir será levado ao Ministério da Agricultura \"para pedir apoios para sua concretização\", notou Alexandre Chaves.



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