A Câmara Municipal de Alijó, no distrito de Vila Real, vai custear os tratamentos das vinhas afetadas pela intensa queda de granizo que, no domingo, atingiu uma área de cerca de 1.600 hectares, revelou hoje à Lusa o presidente.

Destes 1.600 hectares de área, 400 foram severamente afetados pela queda de granizo e chuva, pondo em causa a vida da planta, explicou à Lusa o autarca, José Rodrigues Paredes.

Já cerca de 700 hectares registaram perdas na ordem dos 50%, acrescentou.

“Foi atingida uma área muito significativa e as perdas foram muito elevadas”, reforçou.

No total, José Rodrigues Paredes estimou que foram mais de 200 os produtores atingidos por este mau tempo.

Contudo, o presidente da autarquia não conseguiu ainda adiantar o valor dos prejuízos, dado tratar-se de uma área muito grande.

São Mamede de Ribatua e Castedo e Cotas foram as duas freguesias mais afetadas e são, simultaneamente, as mais “densamente povoadas” em termos de vinha, salientou.

Além de ter afetado essencialmente as vinhas, o mau tempo causou ainda estragos nos olivais e nas produções hortícolas e frutícolas, disse.

O presidente do município contou que há muitas famílias com o rendimento em causa, motivo pelo qual vai custear na totalidade o tratamento à base de cálcio para a cicatrização das videiras.

Para isso, explicou, os produtores têm apenas de fazer prova da titularidade das vinhas e apresentar as faturas de compra dos produtos.

“É um investimento significativo, mas vamos suportá-lo na íntegra”, garantiu.

Já a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte) ressalvou hoje, através de um aviso publicado na sua página oficial de internet, que a previsão meteorológica aponta para a continuação da instabilidade climática, aconselhando os viticultores a realizarem um tratamento anti-míldio e anti-oídio nas vinhas que se encontrem desprotegidas.

E nas vinhas que foram oportunamente tratadas, a DRAP Norte recomenda a renovação do tratamento de acordo com a persistência de ação do produto utilizado.

“Aconselhamos a imediata realização de um tratamento anti-míldio e anti-oídio adicionando à calda um adubo foliar com elevada percentagem de cálcio”, frisou.

Acrescentando que “o tratamento será tanto mais eficaz quanto mais rapidamente for efetuado”.

A DRAP Norte ressalvou que não deverá ser utilizado cobre por causar maior stress às plantas, nem fosetil de alumínio por ser incompatível com os adubos foliares.



PARTILHAR:

Julgamento do processo “Semente em Pó” começou em Bragança com quatro arguidos

Vila Real e Bragança sob aviso amarelo devido à chuva e trovoada