O Tenente General foi uma das personalidades político-militar mais influente nas décadas de 60 e 70 e na apresentação do livro que fala sobre a sua vida esteve o amigo e, também, General Ramalho Eanes.
A Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo foi no final do mês de novembro o palco para a apresentação do livro “ Tenente General Alípio Tomé Pinto – O Capitão do Quadrado”.
Completamente lotada, a sessão contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, do biografado, General Alípio Tomé Pinto, do prefaciador, General António Ramalho Eanes, o editor, professor Pedro Sousa e do amigo de longa data Eugénio Proença Fernandes.
“Encontrar esta amizade e este calor humano em jeito de homenagem é muito gratificante e extremamente compensador, por todos os esforços feitos ao longo deste caminho”, aludiu o distinto maçorano, visivelmente satisfeito por todo o apoio e carinho demonstrado não só pelo município, mas também pela comunidade moncorvense e seus amigos.
Quem, também, reconheceu o mérito mais que merecido de Alípio Tomé Pinto, foi o General Ramalho Eanes. “Foi um homem que ao longo da sua vida sempre defendeu valores e defendeu valores que são caros à pátria. Bateu-se na Guerra em Angola e Guiné como ninguém, esteve na Madeira onde desempenhou um ótimo papel e no 25 de Novembro teve uma ação decisiva”, advogou o amigo de longa data.
Já para Nuno Gonçalves, a apresentação desta obra “significa desde logo homenagear um ilustre moncorvense que prestou o seu serviço sempre a pensar em Portugal”. “Segundo, pela feliz coincidência de que ontem se celebraram os 41 anos do 25 de Novembro, e a democracia portuguesa não seria o que é hoje se não fosse o 25 de Novembro”, declarou o edil.
No livro “ Tenente General Alípio Tomé Pinto – O Capitão do Quadrado”, da autoria de Sarah Adamoupoulos e do próprio Alípio Tomé Pinto, é retratado o percurso de vida deste célebre moncorvense, natural de Maçores, desde os tempos que passou em Trás-os-Montes, passando pelas três comissões de serviço em Angola e na Guiné e como um dos responsáveis militares pela organização da intervenção de reposição da legalidade democrática, ocorrida em Portugal em Novembro de 1975, entre outros episódios menos conhecidos da vida do General Alípio Tomé Pinto.
No átrio da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo estava, ainda, patente uma exposição sobre a vida e obra de Alípio Tomé Pinto.
FACTOS:
Alípio Tomé Pinto foi promovido por distinção ao posto de major, com 30 anos de idade, em julho de 1966, condecorado com a medalha de Valor Militar com palma e duas medalhas de prata de Serviços Distintos com palma e integrou o comando do 25 de novembro que repôs a legalidade democrática. Foi, ainda, promovido a oficial general com 45 anos de idade e agraciado com o Grau de Cavaleiro do Império Britânico, Grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito da República Federal Alemã e Grã-Cruz da Ordem Militar do Rio Branco do Brasil. Comandou, também, a GNR a nível nacional e, enquanto Chefe do Estado-Maior na Madeira, nos anos 70, Alípio Tomé Pinto teve a seu cargo como Oficial de Relações Públicas, o anterior presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim. Com um currículo interminável, estes são apenas e só alguns dos fragmentos de uma vida repleta de protagonismos e acontecimentos marcantes de carácter inefável que o ilustre maçorano experienciou, tendo calcorreado meio mundo na célebre diáspora portuguesa.
ENTREVISTA EM:
http://www.diariodetrasosmontes.com/entrevista/da-guerra-tentavamos-faze...