O preço do gás natural para clientes domésticos e pequenas e médias indústrias vai sofrer aumentos no primeiro trimestre de 2008 que vão oscilar entre 1,2% e 5,96%.

O Norte e o Interior do País, bem como o Algarve, são as regiões com maiores agravamentos, de acordo com os valores divulgaos pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Esta tendência é visível na evolução das tarifas do Porto e Lisboa. A Portgás, distribuidora controlada pela EDP, vai actualizar os preços entre 3,36% e 3,95% para os maiores consumos. Na Lisboagás, detida pela Galp, as tarifas sobem entre 1,88%, para consumos até 200 metros cúbicos por ano, que são os mais comuns, e 2,78% para os mais elevados, até 10 mil metros cúbicos.

Os acréscimos ultrapassam os 5% no caso da Dourogás (Vila Real). Já na Duriensegás(Vila Real, Bragança e Chaves), os aumentos variam entre os 2,08% e os 3,08%. Com acréscimos mais fortes estão também a Dianagás (Alentejo) - tarifas evoluem entre 2,58% e 3,84%, e a Medigás (Algarve) - aumentos oscilam entre 3,18% e 4,83% para os maiores consumos.

Nas áreas que vão pagar as menores subidas estão a península de Setúbal, onde a distribuidora Set-gás irá actualizar os seus preços entre 1,21% e 1,75%, a Beira Litoral, com variações entre 1,61% e 2,23% no tarifário da Lusitâniagás, e ainda o Ribatejo, onde a Tagusgás vai aplicar subidas de 1,62% e 2,48%.

As novas tarifas, para o trimestre de 2008, são as primeiras homologadas pela ERSE, mas ainda são da responsabilidade das distribuidoras. Esta realidade explica em parte a grande diversidade nas actualizações de preços que reflecte vários factores como os pressupostos do contrato de concessão de cada distribuidora e o grau de desenvolvimento do investimento no gás natural. As diferenças entre tarifas penalizam também as regiões com menos consumidores industriais e menor procura e onde não chega o gasoduto, sendo o abastecimento garantido pelas UAG (unidades autónomas de gás).

Alta das matérias-primas

Os novos preços, que excluem os grandes clientes, reflectem uma primeira intervenção da ERSE na redução das tarifas de acesso às infra-estruturas que permitiu a diminuição de 0,7% no custo do gás à saída da rede de transporte. Isto significa que os aumentos traduzem a componente de energia, ou seja, o maior custo do gás natural nos mercados internacionais que acompanha com algum atraso as cotações do petróleo. O agravamento da matéria-prima já provocou em Dezembro a revisão em alta nos preços do gás propano (GPL) de garrafa e canalizado entre 4,3% e os 5,2%.



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