A vila de Freixo de Espada à Cinta foi fustigada nos últimos dois dias por várias trombas de água e granizo, que causaram prejuízos ainda não calculados. A primeira intempérie destruiu pontões e estradas e causou inundações em casas e em estabelecimentos comerciais e públicos. A força das águas abriu crateras em várias artérias e os cortes de energia foram uma costante.
Grande parte das culturas da área poente da vila foi destruída, havendo prejuízos, sobretudo, ao nível da vinha e do amendoal. No tocante às rodovias, a mais sacrificada foi a estrada que liga Freixo à praia fluvial da Congida, junto ao rio Douro, onde ocorreram vários desmoronamentos de pedras e terra, que cortaram a via durante várias horas. A Protecção Civil, em coordenação com os bombeiros, teve de evacuar alguns campistas que entraram em pânico. Depois, e com recurso a máquinas, desimpediram a estrada.

Altura de 80 centímetros

Segundo António Lopes, comandante dos bombeiros locais, desde 1962 que não se verificava uma situação idêntica, com as águas a atingir os 80 centímetros nas partes baixas da vila. Garantiu que, no espaço de uma hora, houve mais de 100 chamadas de socorro. Só foi possível dar uma resposta eficaz com o auxílio de corporações vizinhas. Edgar Gata, autarca local, afirmou que será feito o levantamento dos prejuízos, para serem comunicados às entidades competentes.Nas operações estiveram envolvidos 50 bombeiros de três cooperações, apoiados por máquinas de terraplenagem e oitos viaturas pronto-socorro. \"A força das águas era muita, por isso o meu café foi inundado. Foram horas de pânico.\" \"Os sistemas de drenagem de águas não funcionaram correctamente.\"



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