Antigo cineteatro de Chaves dá lugar a laboratório da água em investimento de 2,9 milhões de euros.
O antigo cineteatro de Chaves vai ser requalificado e transformado num espaço multiúsos, onde será implementado um Laboratório Experimental e Sensorial da Água, num investimento de 2,9 milhões de euros, anunciou hoje à Lusa a câmara local.
O ‘Aquanatur Palace’ será um espaço de investigação e inovação em “larga escala” onde será possível “a interação, experimentação e aprendizagem em torno do tema da água” e contará, no local, com um ‘Lab Tech’ do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).
Com um investimento calculado em cerca de 2,9 milhões de euros, o espaço do antigo cineteatro, encerrado há 33 anos, terá como ponto de partida a água, como recurso endógeno, e o projeto pretende “dinamizar todo o conceito histórico, cultural e educativo associado”.
“Queremos criar as condições para que a cidade e todo o Alto Tâmega assumam uma posição diferenciadora ao nível da capacidade de realizar projetos de investigação que fomentem inovação técnica, tecnológica e funcional que possa servir de base para o futuro da região”, explicou a autarquia.
O projeto contempla ainda um espaço baseado em tecnologias de realidade virtual, realidade aumentada e holografia que irão permitir uma interação imersiva e multissensorial, ao nível da visão, audição, olfato ou háptico.
O município pretende ainda que o antigo cineteatro de Chaves tenha uma componente multifuncional, capaz de receber qualquer tipo de evento adequado à sua dimensão.
“A área de palco manterá a sua configuração original, ligeiramente elevada relativamente à sala, o que permitirá a realização de diversas iniciativas culturais”, acrescentou.
O espaço situado no centro histórico da cidade de Chaves, distrito de Vila Real, foi inaugurado em 1963 para funcionar como sala de cinema e para a divulgação de todas as artes cénicas, com uma sala de espetáculos com capacidade para 999 espectadores.
Após encerrar em 1986, foi adquirido em 2000 pela autarquia flaviense e, desde então, encontra-se em “estado de degradação acentuado”.