A Direção-Geral do Património Cultural propôs ao Governo a classificação como sítio de interesse nacional (SIP) do Povoado Fortificado de Vilarinho dos Galegos e Ventozelo, em Mogadouro, no distrito de Bragança.

A intenção foi publicada hoje em Diário da República e a proposta segue agora para decisão da secretária de Estado da Cultura, com fundamento no parecer da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura de 20 de março de 2019.

O parecer para a classificação teve a concordância da diretora-Geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva, e os elementos relevantes do processo, nomeadamente a fundamentação, despacho, restrições a fixar e planta com a delimitação do sítio a classificar e da respetiva zona geral de proteção, estão disponíveis nas páginas eletrónicas dos diferentes organismos.

A consulta pública do processo terá a duração de 30 dias, prazo durante o qual se podem pronunciar os interessados no processo, sendo que as observações devem ser apresentadas à Direção Regional de Cultura do Norte.

O sítio arqueológico em causa está referenciado na obra do Abade de Baçal, resultado de uma recolha sobre o Nordeste Transmontano, feita no início do século XX.

A descrição feita apresenta este fortificado como encontrando-se no termo de Vilarinho dos Galegos, no concelho de Mogadouro, junto ao rio Douro, a um quilómetro e meio desta localidade.

O Abade de Baçal apresenta-o como “o Castelo dos Mouros, do qual ainda há paredes com dois e três metros de altura, restos de muros e fosso em volta”.

Está situado num alto apenas acessível pelo lado norte, onde a defesa é constituída por larga facha de lajes de meio metro de altura enterradas no solo com a ponta aguda para cima.

Pelo outro lado, segundo a descrição, defendem este sítio “naturalmente os despenhadeiros que se precipitam sobre o rio Douro.

Foto: António Dinis



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