O presidente da Turismo do Douro, António Martinho, lamentou hoje que a «marca Douro» não saia valorizada na reforma territorial do turismo aprovada em Conselho de Ministros e que extingue este polo de desenvolvimento turístico.
\"Não se acautela o trabalho desenvolvido e que levou à afirmação do destino Douro\", afirmou à agência Lusa.
A secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, classificou com uma \"reforma histórica\" a reorganização do setor do turismo aprovada em Conselho de Ministros.
A resolução prevê a extinção das entidades regionais de turismo dos polos do Douro, Serra da Estrela, Leiria-Fátima, do Oeste, do Alqueva e do Alentejo Litoral e a sua fusão nas cinco áreas regionais de turismo.
António Martinho considerou que o Douro se vai \"diluir no Porto e Norte\", salientando que o território duriense \"tem mostrado potencialidades para contribuir para a riqueza do país, através da captação de fluxos turísticos\".
Segundo Cecília Meireles, só a redução dos cargos dirigentes, que passam de 45 para 10, permitirá poupar um milhão de euros.
O presidente da Turismo do Douro lançou a dívidas sobre a \"prossecução do objetivo de reduzir a despesa\".
Este polo, que entrou em funcionamento em janeiro de 2009, teve um orçamento inicial de 670 mil euros, com cortes de 20 por cento nos dois anos seguintes e 30 por cento no corrente ano.
E, segundo António Martinho, neste período foi possível desenvolver um conjunto de atividades que vão desde um festival de animação das Aldeias Vinhateiras, o Festival de Cinema Douro Film Harvest e uma parceria com a National Geographic Society.
Este polo compreende o território abrangido pelos municípios de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Real e Vila Nova de Foz CÎa.