O Museu da Terra de Miranda, no distrito de Bragança, vai ter pela primeira vez, num quarto de século, uma direcção dissociada da família Mourinho, um nome incontornável da cultura mirandesa. A tomada de posse, marcada para hoje, está envolta em polémica com o director cessante, António Rodrigues Mourinho, a denunciar \"falta de transparência e isenção\" no seu afastamento.

Por causa destas acusações, o director do Instituto Português de Museus (IPM), Manuel Oleiro, admite agir judicialmente contra Rodrigues Mourinho. O novo director do museu é Paulo Sérgio Gorjão, um jovem quadro da rede portuguesa de museus, seleccionado em concurso público entre nove candidatos, entre os quais se encontrava também o director cessante, António Rodrigues Mourinho.

O candidato preterido alega ter \"mais currículo\" que o seleccionado e acusa o IPM de querer \"afastá-lo há já oito anos\". Mourinho fala de \"falta de transparência, isenção e neutralidade\" no concurso público aberto em Abril de 2006 e cujos resultados foram conhecidos em Dezembro.

\"Não é por sair, mas a maneira como saio e a ratoeira que me armaram\", disse à agência Lusa, manifestando \"indignação\" por abandonar, aos 63 anos, o museu a que esteve ligado durante 20 anos, 19 dos quais como director.

O presidente do IPM sublinhou que \"as comissões de serviço são de três anos e quem exerce os cargos de direcção não pode esquecer que estes são transitórios\".



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