A construção de uma rede nacional de creches é uma das \"prioridades\" do Governo, anunciou, em Bragança, José Sócrates.

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse ontem, em Bragança, que o Governo está a construir uma rede nacional de guarda de crianças, para resolver \"um dos maiores problemas que enfrentam os casais jovens actualmente\", sublinhou. O líder do Executivo considera que a falta de creches é um \"problema\" de todo o país, pelo que o investimento nesta área acabará por funcionar \"como a promoção da natalidade\", afirmou.

\"Nos inquéritos que são feitos, este problema vem sempre citado como a maior dificuldade das famílias, principalmente dos jovens\", explicou José Sócrates, durante a cerimónia de inauguração de um novo equipamento para seniores, em Bragança. Actualmente, 50% dos novos equipamentos, em construção, \"já são creches\", esclareceu.

O apoio social, nomeadamente aos idosos, é uma das apostas do Executivo socialista, disse o primeiro-ministro, exemplificando com o lar ontem inaugurado: um equipamento com duas valências, uma social para os carenciados e um lar-residencial para gente com capacidade financeira, cuja construção custou seis milhões de euros, o que representa um dos maiores investimentos do país em lares de idosos.

Em termos de apoio aos seniores, Sócrates referiu que em quatro anos se conseguiram retirar da rua 220 mil idosos com carências, e que 226 mil idosos recebem o complemento solidário para idosos. No distrito de Bragança são cinco mil os contemplados com esta ajuda.

\"São cerca de 100 euros que contribuem para que os idosos tenham um rendimento acima do limiar da pobreza, isto é 400 euros\", resumiu.

As medidas de investimento na área do social \"são o orgulho do Governo\", frisou Sócrates, porque contribuem para \"que as sociedades fiquem melhores\". \"Muita gente dizia que era uma tarefa impossível, mas foi possível\", afirmou.

Nesta senda, não esqueceu o acesso gratuito aos genéricos para os idosos de baixos rendimentos. \"Eu não posso conceber que no meu país existam pessoas que tenham de fazer contas para comprar medicamentos, deixando de comprar outras coisas\", sublinhou, acrescentando que \"foi a maior operação de sempre de combate à pobreza para ajudar quem precisa\".



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