Um conjunto de 25 coletividades culturais de Bragança vai garantir meia centena de atividades, desde festivais a teatro ou animação, no âmbito de um apoio municipal anual superior a 74 mil euros oficializado hoje.

A autarquia assinou com 21 associações protocolos no valor global de 65.500 euros, a que se juntam mais quatro apoios já atribuídos a outras coletividades e que perfazem 74.300 de apoio financeiro municipal à Cultura para o ano de 2019.

Estes protocolos “garantem ao concelho a realização de nove festivais, mais de 40 atividades de índole diversa organizadas pelo movimento associativo e também tudo aquilo que tem a ver com a preservação das tradições locais, desde os caretos, às máscaras e marcas identitárias do território”, precisou o presidente da Câmara, Hernâni Dias.

“Significa isso que os apoios que concedemos, para além da dinamização do nosso território têm também esta vertente de preservação daquilo que é a nossa identidade”, reiterou.

Os apoios concedidos a entidades culturais, recreativas e de solidariedade social aumentaram cerca de 20 mil euros desde 2015, segundo disse.

O número de coletividades não varia muito de ano para ano, pois embora surjam algumas novas, há outras que deixam de se candidatar, como explicou o autarca.

O município constata que têm surgido novas associações ligadas à mesma área, nomeadamente no caso do teatro, o que Hernâni Dias interpreta como resultado de uma motivação maior para que isso aconteça”.

“Eu acredito que haja efetivamente maior disponibilidade para trabalhar esta componente até porque temos um Teatro Municipal e tem havido também a nossa preocupação de em determinados momentos chamarmos as pessoas a participarem nessas atividades, o que pode espoletar a vontade de outros poderem aderir e quererem também desenvolver os seus próprios projetos”, considerou.

O autarca encara esta realidade como “positiva porque algumas (destas associações) estão sedeadas em comunidades desfavorecidas”, dando “um contributo não só para a animação dos próprios bairros onde estão inseridas, mas também das próprias comunidades que aí residem”.

Os apoios concedidos pelo município variaram entre os 300 euros e os 10.500, o que é justificado com os critérios definidos no regulamento.

“É evidente que uma associação que se candidate pela primeira vez, que tem poucos sócios, cuja atividade ainda não é expressiva, tudo isso é contabilizado e são fatores ponderados e é a partir daí que os serviços técnicos fazem a análise das candidaturas e atribuem a pontuação”, explicou.

Uma das contempladas com 300 euros foi a Associação Em nome do Grito que se candidatou pela primeira vez e foi criada recentemente por Ramiro Pires. Esta nova associação apresentou-se em Setembro de 2018 ao público com uma comédia e propõe-se fazer teatro, encontros com jovens, 'workshops'.

“Mesmo pouquinho” o apoio municipal “é sempre bem-vindo”, como afirmou o responsável.

Uma ajuda para custear a atividade é como encara este contributo Miguel Silva, da Plataforma de Arte e Criação, que recebeu 450 euros. Criada há um ano e meio, esta associação “tem por fim promover a cultura e as artes”, nomeadamente a máscara tradicional da região.

Outras coletividades receberam maiores montantes, nomeadamente a Associação ArtiColado, que organiza o mais antigo festival de verão da região, o Quintanilha Rock, e foi contemplada com seis mil euros.



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