A acreditação para o curso de Engenharia Electrotécnica da UTAD foi requisitado à OE em Junho de 2000, depois de uma primeira tentativa ter tido um parecer negativo da Ordem, o que obrigou à reformulação do currículo do curso.
Segundo a UTAD, a decisão positiva que agora foi tomada ficou a dever-se à facilidade de colocação dos diplomados no mercado de trabalho, à qualidade do corpo docente e das instalações (anfiteatros para as aulas teóricas, laboratórios de aulas práticas, de telecomunicações, de rede de computadores, de electrónica digital e microprocessadores).
A decisão da OE foi tomada depois de vários alunos dos cursos de Electrotécnica, Mecânica e Engenharia Ambiental terem manifestado o seu descontentamento devido à demora na acreditação dos cursos e às consequentes dificuldades sentidas na entrada no mercado de trabalho, já que grande parte das empresas exige que os profissionais sejam acreditados pela Ordem para que possam assinar projectos. E apesar de não ser difícil para a grande maioria dos licenciados nestes cursos entrar no mercado de trabalho, a verdade é que no futuro ser acreditado pela Ordem dos Engenheiros poderá vir a ser uma condição fundamental para arranjar um bom emprego.
As principais saídas profissionais do curso de engenharia electrotécnica são a indústria, empresas de telecomunicações e de serviços informáticos, trabalho em investigação e desenvolvimento experimental nos sectores privado e estatal e a docência no ensino universitário e politécnico.
O coordenador do curso, Pedro Melo Pinto, disse ao DTOM que a acreditação dos cursos começa a ser hoje uma das condições impostas pelos alunos para escolherem uma universidade.
Na UTAD, as engenharias acreditadas são Civil, Florestal, Agrícola e Zootecnia, faltando agora o reconhecimento dos cursos de engenharia Mecânica e Ambiental. A nível nacional, os 300 cursos de engenharias que estão a ser leccionados em Portugal, apenas 80 estão acreditados pela OE.